“Acordo de greve tem que ser cumprido, por isso estamos organizando a paralisação”, disse o presidente do SEEB/CE, Carlos Eduardo aos funcionários da agência, que concordaram com a paralisação. Carlos Eduardo fez uma breve contextualização sobre a última reunião de negociação com o Banco realizada no dia 10/3. Após serem explicados sobre os motivos da paralisação, os clientes receberam senhas e puderam esperar sentados pelo retorno do atendimento.
Segundo o presidente Carlos Eduardo, o medo dos funcionários com a insegurança, devido o aumento dos assaltas a bancos, os desvios de funções e as metas abusivas são fatores que contribuem para as péssimas condições de trabalho do bancário. Os funcionários do Banco do Brasil também não podem contar com o acesso direto a um atendimento de medicina do trabalho, devido à privatização do SESMT. Já o diretor Bosco Mota, criticou as condições de trabalho no Banco do Brasil. “Temos que dizer ao banco que queremos trabalho sim, mas com condições adequadas, dignas”.
Na negociação de 2009, o BB acordou com os bancários a contratação de cinco mil funcionários até junho de 2010 e de mais cinco mil até dezembro de 2011, além da contratação de cinco mil jovens aprendizes. Mas ainda não houve o cumprimento do acordo. Carlos Eduardo falou com relação ao PCCS, que o cumprimento da jornada de trabalho de 6 horas é uma necessidade, tanto para a contratação de mais funcionários como para melhoria das condições de trabalho. “Quanto menor a carga-horária, maior a produtividade e maior a geração de emprego”, explicou.
Ailson Duarte, diretor do SEEB/CE, disse que as pendências de negociação com o banco dificultam novos acordos. “Nós ainda estamos lutando pelo o que foi acordado em 2009. Ainda não pudemos iniciar a Campanha de 2010”. Segundo Ailson, a paralisação é uma forma de sensibilizar o sistema bancário a cumprir com o que prometeu aos funcionários.