Solução para desequilíbrio da Camed passa pela racionalização de custos

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É inadiável a racionalização de custos para solucionar o desequilíbrio financeiro crônico enfrentado pela Caixa de Assistência dos Funcionários do BNB (Camed). Do contrário, a conta continuará sendo paga exclusivamente pelos associados, conforme já se tornou rotina sempre no mês de janeiro de cada ano, quando as contribuições dos participantes sofrem elevação muito acima da inflação.


O Sindicato dos Bancários do Ceará denuncia a situação há bastante tempo, mas a direção do BNB, que controla a gestão da Caixa indevidamente, simplesmente não adota as providências reivindicadas em vários diagnósticos já realizados. Dentre as medidas necessárias para conter o desequilíbrio nas contas da Camed, o SEEB/CE aponta a realização de estudo de necessidade de pessoal, substituição dos cargos de Diretores por cargos de Gerentes, com menor remuneração, extinção dos “jetons” pagos mensalmente a conselheiros deliberativos e fiscais indicados pelo Banco e eleitos pelos funcionários.


Sugere, ainda, o Sindicato, a reavaliação do Plano de Cargos e Salários implementado pela Camed em 2012, cujos reflexos financeiros foram bastante elevados, aumentando o prejuízo, principalmente da Camed Saúde. Avaliar os sistemas de custeio assistencial, o desempenho de credenciados, glosas e o custo/benefício de todos os programas de atendimento hoje existentes são outras iniciativas defendidas pelo Sindicato com o objetivo de estabilizar as contas da Caixa e evitar o reajuste das contribuições mensais acima dos níveis aceitáveis.


O Sindicato defende também uma maior participação financeira do BNB no custeio da Camed, mediante a elevação da contribuição patronal mensal dos atuais 1,5% da folha salarial para 3%, mantendo-se inalterada a contribuição dos participantes.

Reivindica o fim do plano de mercado (Camed Vida) que só prejuízos tem trazido para o plano de autogestão (Camed Saúde) e o incremento dos negócios da Camed Corretora que tem potencial de lucro anual em torno de R$ 20 milhões e obteve em 2012 lucro líquido de apenas R$ 2,7 milhões.


Essa diferença ocorre, segundo o SEEB/CE, por falta de um maior acompanhamento por parte do Banco da gestão da Camed Corretora, entidade que é obrigada por acordo a repassar cerca de 80% do seu lucro anual à Camed Saúde, finaliza o Sindicato.