Super Alagoas oportuniza denúncias sobre assédio moral para fugir de responsabilidades

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A Superintendência Estadual do BNB em Alagoas aderiu ao que é correto: transferências e comissionamentos no Estado só mediante concorrência. O que parece uma atitude louvável esconde, na verdade, o oportunismo de uma administração autocrática e demagógica, que ao ser pressionada, assume postura de vítima e busca cooptar lideranças e entidades com um falatório inútil e ridículo.


A constatação do que é afirmado acima foi obtida durante reunião no dia 12/7, em Maceió, envolvendo o Superintendente de Alagoas, Expedito Neiva, e todo seu staff, a Contraf-CUT/CNFBNB e o Sindicato dos Bancários de Alagoas. Na reunião foram abordados os temas já recorrentes de prática anti-sindical e assédio moral, vergonhosamente adotadas pelo Superintendente no Estado.


Em sua justificativa para as denúncias feitas pelas entidades defensoras dos trabalhadores, Expedito Neiva chegou ao ridículo de dizer que: após denúncias do SEEB/AL e Contraf-CUT/CNFBNB, todos os processos de transferências e comissionamentos em Alagoas, que antes se davam por “indicação”, hoje ocorrem somente por concorrência. Por conveniência, Expedito omitiu a providencial coincidência de essa salutar prática da concorrência somente ser iniciada quando estavam no processo dois sindicalistas, um deles diretor recém eleito do SEEB/AL, e o outro, militante de base.


Mas a farsa veio à luz quando o próprio Expedito suspendeu a concorrência para ocupação de função de GSN-Carteira Empresarial quando verificou que ficaram para a decisão final justamente os dois sindicalistas acima referidos.


A Contraf-CUT/CNFBNB e o SEEB/AL exigem um desfecho para a concorrência suspensa e não aceitam a desculpa de que a decisão agora está no âmbito da Super DH, na Direção Geral. Até porque essa Superintendência de Desenvolvimento Humano, foi por várias vezes ignorada pelo Sr. Expedito Neiva em ocorrências de comissonamentos e transferências no Estado, as quais eram feitas, até recentemente, por simples indicação sua, como ele próprio admitiu, em flagrante desrespeito às normas emanadas da Direção Geral da Empresa, as quais dizem se basear nos critérios de avaliação por competência.


Caso a situação não seja resolvida de forma a descaracterizar qualquer prática anti-sindical e de assédio moral, a Contraf-CUT/ CNFBNB e o SEEB/AL vão ingressar na Justiça contra o Superintendente de Alagoas exigindo o cumprimento de resolução da OIT e da Convenção Coletiva Nacional dos Bancários que prevêem severas sanções aos que se arvoram de donos de empresas públicas e estatais para perseguir e denegrir moral e profissionalmente os seus subordinados.


Além disso, a Contraf-CUT/CNFBNB e o SEEB/AL vão promover manifestações públicas de protesto contra os atos do “Super” Expedito, exigindo a sua imediata saída da função e denunciando os seus padrinhos políticos, não por acaso, acostumados a mandar e desmandar em Alagoas, como se o Estado fosse propriedade privada. O Governo da Presidente Dilma será devidamente informado sobre esses fatos.