Trabalhadores já sentem os danos da reforma imposta por Temer

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Com a nova lei trabalhista, as empresas já estão aproveitando as novas regras: faz a demissão e apresenta as contas rescisórias de acordo com que acha que está certo. Ao trabalhador, sem ter como contestar os valores, cabe apenas assinar os documentos. Mas, os sindicatos alertam que as contas dos empresários apresentam muitos erros, como documentos incompletos, cópias de documentos de outro funcionário, lacunas no recolhimento do fundo de garantia, entre outros. Entre os bancos, o Itaú já anunciou que não mais fará as homologações nos Sindicatos. Além do fim das homologações nos sindicatos, a nova lei traz outros prejuízos aos trabalhadores.


Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, alerta que, com base em dispositivos da nova legislação trabalhista, os bancos já colocaram em prática outras medidas que prejudicam os trabalhadores, como troca de horas extras por banco de horas almoço de 30 minutos e férias foram divididas em três períodos, como o banco Santander.


CONVENÇÃO COLETIVA DOS BANCÁRIOS – A Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários vale até 31 de agosto. O presidente da Contraf-CUT avalia que as próximas negociações serão muito duras. “Vai ser talvez a campanha mais difícil dos últimos anos. Vamos ter que revisar uma convenção toda lastreada em questões que estão reformadas pela nova posição que existe hoje em relação ao direito do trabalho”, disse. Ele ressalta a força da classe trabalhadora e diz a tática a ser seguida. “Nós somos a maioria e nas próximas eleições temos que eleger candidatos comprometidos com a classe trabalhadora”.