Numa vitória histórica dos trabalhadores, a partir de uma intensa mobilização, foi criada dia 7/11, uma comissão especial no Congresso Nacional para discutir políticas permanentes para o salário mínimo e mecanismos de recomposição do seu valor em longo prazo. A Comissão apresentará proposta para o reajuste – o Executivo trabalha com a proposta orçamentária de R$ 321,00. A CUT e demais centrais sindicais sustentam a viabilidade do aumento de R$ 300,00 para R$ 400,00 em 2006 e defendem a inclusão dos recursos no Orçamento da União.
A criação da Comissão foi definida durante encontro entre as centrais e uma comissão do governo formada pelos ministros do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho; do Planejamento, Paulo Bernardo e da Casa Civil, Dilma Rouseff, dia 29/11, após a realização da Marcha que reuniu lideranças sindicais de todo o País na defesa do salário mínimo, da redução da jornada de trabalho e do reajuste da tabela do Imposto de Renda.
Na avaliação dos sindicalistas, a valorização do mínimo está diretamente ligada a mudanças na política econômica, na redução do superávit primário e dos juros. Assim, o Brasil poderá crescer dispondo de recursos para transferir para o povo brasileiro ao invés de priorizar o pagamento de juros.