Trabalhadores retomam negociação e cobram auxílio-educação e PCCS

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A Contraf-CUT retomou na terça-feira, 18/5, em São Paulo, o processo de negociações com o Bradesco. Os representantes dos trabalhadores voltaram a cobrar do banco a implantação de um programa de auxílio-educação e de um Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), que integram a pauta de reivindicações encaminhada ainda no ano passado. A Comissão de Organização dos Empregados (COE) esperava que o Bradesco viesse com uma postura mais aberta para as negociações, trazendo propostas para os trabalhadores, o que não aconteceu.


Uma empresa que teve um lucro de R$ 2,1 bilhões no primeiro trimestre precisa valorizar seus funcionários e atender suas demandas. Apesar de cobrar nível superior de seus funcionários, o banco negou-se novamente a discutir a criação de um programa de auxílio-educação. A empresa afirmou não concordar com programas de concessão de bolsas.


O banco também se recusou a discutir o PCCS e afirmou que já possui uma política de carreira fechada, em que os funcionários sobem gradualmente de acordo com o tempo de casa. Não é isso que vemos na prática do banco. Os critérios para as promoções não são claros para os trabalhadores. Além disso, a pesquisa da Contraf-CUT e do Dieese sobre o emprego bancário mostra que as empresas vêm demitindo funcionários com mais tempo de casa. Isso está na contramão da política que o banco afirma ter.


Os dirigentes sindicais deixaram claro para o banco que pretendem retomar esses itens futuramente. Vamos lançar uma nova campanha de valorização dos trabalhadores para discutir essas e outras questões e mobilizar os bancários.


Uma nova reunião será marcada em breve, para dar continuidade ao processo de negociação. Os bancários apresentarão outras reivindicações que não foram discutidas nesse encontro. Espera-se avanços nas próximas rodadas, como forma de reconhecer o esforço dos funcionários para o crescimento dos resultados do banco.