O tema da Campanha Nacional deste ano reflete o momento em que começamos a primeira campanha do ramo financeiro. Não são mais só os bancários, mas sim todos que trabalham para as empresas financeiras que estão unidos para conquistar mais salário, PLR, condições de trabalho e saúde. Enfim, uma vida digna.
E esta Campanha começa forte, com muita unidade e coesão. A Conferência foi excelente, houve um debate de alto nível e muita pluralidade. Os delegados eleitos pelos bancários em seus sindicatos construíram uma Minuta de Reivindicações da forma mais democrática possível.
Foi ratificada também a estratégia adotada três anos atrás de Campanha Nacional Unificada, entre funcionários de bancos públicos e privados. E desde que optamos pela Campanha conjunta temos conseguido aumento real para todos. Isto mostra que estamos no caminho certo, tanto que 99% dos participantes da Conferência defenderam a unidade.
Mas, ao mesmo tempo em que começamos uma nova etapa na Conferência, não esquecemos a velha lição. Sempre foi com união que tivemos nossas principais conquistas. Porque não importa quem seja o patrão, somos nós, com nossa força e organização, que conquistamos nossos direitos. Nunca nada veio de graça.
Nesta Campanha, os trabalhadores do ramo financeiro precisam ficar atentos e evitar todos os truques que tentam para nos desunir. Estamos enfrentando o setor mais forte econômica e politicamente deste País. Como disse o sociólogo Emir Sader, no debate da Conferência deste último final de semana, estamos tocando na fibra mais sensível e poderosa do capitalismo mundial: o sistema financeiro.
E é esse sistema que enfrentaremos, com seu poder de pressão, polícia, inserção na mídia. Mas parte da resposta a esse sistema veio na Conferência deste ano em que apontamos que os trabalhadores estão unidos em busca de seus objetivos. E vamos conquistá-los. Se o outro lado é forte, nós também somos. Afinal, é com nosso trabalho, esforço e competência que os bancos batem recordes de lucratividade a cada ano. E essa é a hora de buscarmos a nossa parte.
Vagner Freitas
presidente da Contraf-CUT
Luiz Cláudio Marcolino
presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região