A notícia foi interpretada com um misto de cautela e esperança entre representantes de alguns segmentos trabalhistas no Estado. José Airton Lucena, membro da direção do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado do Ceará (Mova-se), encara a saída de Francisco de Assis como “uma grande perda para o sindicalismo”. No entanto, ele acredita que a posição do sindicalista no governo pode “viabilizar o diálogo entre Estado e Sindicatos”.
Já para o diretor do Sindicato dos Bancários, Telmo Nunes, a saída de Diassis da CUT para assumir um posto no governo representa um ganho para o movimento sindical: “avaliamos que isso sinaliza que o governador quer uma aproximação com os trabalhadores e que o diálogo com a gestão será maior”. O coordenador do Sindicato dos Metalúrgicos, Francisco Wil, acredita na independência da CUT, mesmo tendo agora um ex-membro da Executiva nos quadros do governo: “A vida da Central continua, agora com o diálogo com o governo”.
Para Diassis, a entrada no governo é uma evolução natural na sua vida política. “Nós ajudamos a construir o projeto de Cid Gomes e é necessário ocupar cargos para levar o governo a um perfil de esquerda. Para isso, eu aceitei o convite do governador Cid Gomes pessoal a mim”, disse.