Lucro do Banco do Brasil cresce 48% em 2021, e empresa fecha 7 mil vagas em 12 meses

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Nos primeiros nove meses de 2021, o Banco do Brasil atingiu lucro líquido ajustado de R$ 15,09 bilhões, crescimento de 48,1% em relação ao mesmo período de 2020. No 3º trimestre de 2021, o lucro foi de R$ 5,1 bilhões, com crescimento de 2% em relação ao segundo trimestre deste ano.

Ao final de setembro de 2021, o BB contava com 85.069 funcionários, 7.037 postos de trabalho a menos que em setembro de 2020, em função, principalmente, do desligamento de funcionários no escopo do Programa de Adequação de Quadros (PAQ) e do Programa de Desligamento Extraordinário (PDE). Em 12 meses, foram fechadas 393 agências e 66 postos de atendimento bancário. Já o total de clientes cresceu 3,4 milhões no mesmo período, superando os 76,8 milhões.

O fechamento de agências e de postos de trabalho nos 12 meses encerrados em setembro é a continuação de um movimento observado nos últimos anos no Banco do Brasil. No 3º trimestre de 2016, o BB tinha 64,69 milhões de clientes, número que aumentou para os atuais 76,8 milhões. Um crescimento de 19%. A quantidade de trabalhadores, por sua vez, foi reduzida em 22% no mesmo período, passando de 109 mil para 85 mil. Os dados são dos Demonstrativos de Resultados do próprio BB. O número de agências também diminuiu substancialmente entre o 3º trimestre de 2016 e o 3º trimestre de 2021, passando de 5.430 para 3.977. Uma redução de 26,8%.

As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias aumentaram 1% em um ano, alcançando
R$ 21,5 bilhões em setembro, enquanto as despesas com pessoal, incluindo o pagamento da PLR, cresceram 7,7%, totalizando R$ 17,6 bilhões. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 122,3% nos nove meses de 2021. Este dado comprova que o BB tem totais condições de contratar mais, tanto para diminuir a sobrecarga de trabalho que só aumenta, como também para fortalecer a empresa pública frente à concorrência privada, além de prestar um serviço melhor à população e ajudar a diminuir o desemprego que atinge mais de 13 milhões de brasileiros.

O resultado apresentado pelo BB só reforça a luta das entidades sindicais em defesa dos bancos públicos. A sociedade brasileira como um todo deve encampar essa luta pelo fortalecimento do Banco do Brasil e da sua atuação de combate às crises econômicas, sob risco de perder um instrumento fundamental de desenvolvimento econômico e social, já que, como banco público, o BB atua em municípios pobres e pequenos, e bairros das periferias onde os bancos privados não operam por estes locais não trazerem o retorno financeiro que julgam satisfatório.

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