A pandemia do coronavírus ainda não acabou!

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Esta semana, nós temos um alerta importante a fazer à categoria bancária e à toda a sociedade: a pandemia do novo coronavírus ainda não acabou.

A Região de Saúde de Fortaleza, que inclui Fortaleza e outros 43 municípios, registrou aumento de 72% no número de novos casos confirmados de Covid-19, em um intervalo de sete dias, conforme boletim da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) divulgado dia 22/10. Foram 743 confirmações entre 10 e 17/10, uma média de 106 por dia. O número de óbitos também cresceu: foram oito mortes registradas na última semana, 33,3% a mais em comparação à semana anterior.

O governo do Ceará, inclusive, retrocedeu em algumas medidas do plano de reabertura da economia e proibiu a realização de eventos em ambientes fechados na macrorregião de Saúde de Fortaleza. O controle das aglomerações é a justificativa do comitê que delibera sobre os decretos do governo estadual, já que multidões têm sido observadas em várias partes do Ceará, em praias, festas e eventos que desrespeitam as medidas do governo.

Com a alta nos números, até os hospitais particulares estão em estado de alerta. Tem alguns que, por exemplo, suspenderam novas cirurgias eletivas não essenciais, pois a procura nas suas áreas de emergência se intensificou nos últimos dias.

Por sua vez, os bancos privados também entraram nessa onda de que a pandemia já se foi. O primeiro passo foi voltar as demissões, mesmo com acordo de que não demitiriam durante a pandemia. Só este ano já foram mais de 12 mil trabalhadores demitidos.

Em outros cenários, como nos bancos públicos, os trabalhadores que estavam em home office por serem de grupos de risco ou por estarem coabitando com alguém de grupo de risco, estão sendo “convidados” a retornarem ao trabalho presencial.

As cobranças de metas nos bancos públicos e privados também estão voltando, as medidas de proteção e desinfecção em algumas agências também já estão sendo flexibilizadas. Parece até que a doença se “normatizou”.

A representação dos bancários, em nível local e nacional, vem cobrando dos bancos a suspensão das demissões e o cumprimento rigoroso de todos os protocolos de segurança acordados no início da pandemia em reuniões do Comitê de Crise.

Talvez as pessoas estejam confundindo as situações. O fato de estar acontecendo uma reabertura gradual da economia não significa que o vírus foi embora. Todo o cuidado que tínhamos no início do surgimento da doença devem ser mantidos e todos os direitos conquistados pelos trabalhadores em mesa de negociação devem ser respeitados. Vamos continuar enfatizando isso para os bancos, fazendo a nossa parte para conter o vírus e proteger vidas. Estamos sempre #NaLutaComVocê.

José Eduardo Marinho, presidente em exercício do Sindicato dos Bancários do Ceará

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