Bancários do Ceará lançam Comitê Popular de Luta em Defesa dos Bancos Públicos

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A luta contra a desvalorização e privatização dos bancos públicos ganhou força no Ceará na manhã de hoje, 22 de abril. Com a presença de presidentes de sindicatos dos bancários do nordeste, da Central Única dos Trabalhadores no Ceará, da Contraf-CUT e de parlamentares, o Comitê Popular de Luta em defesa dos Bancos Públicos foi lançado na sede do Sindicato dos Bancários do Ceará.

O anfitrião, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará e da Fetrafi/NE, Carlos Eduardo, iniciou o encontro fazendo a apresentação do objetivo e das estratégias que fazem parte dos comitês que serão lançados em todo o Brasil. A apresentação, criada cuidadosamente pela Contraf-CUT, pode ser acessada no link ao final da matéria.
Sandra Trajano, secretária de finanças e coordenadora da Comissão de Empresas da Fetrafi/NE, falou da importância dos Comitês e de transformá-los em instrumentos de grande alcance. “Precisamos, através dos comitês, alcançar o máximo de pessoas e explicar como e por que o Brasil necessita de um governo popular. É uma chamada à renovação de ânimo para esse trabalho conjunto e necessário que chega agora às nossas responsabilidades.”

Também presente e representando o Nordeste, o presidente dos Bancários da Paraíba, Lindonjhonson Almeida mencionou a força da categoria e a histórica luta dos sindicatos pelos direitos dos bancários. Enfatizou, também, que somente um governo democrático pode garantir segurança aos trabalhadores do país. “Só nos organizando e criando os comitês poderemos reconquistar o que perdemos nesse governo desumano, que massacrou os trabalhadores e destruiu vidas. Nós, enquanto bancários, precisamos nos responsabilizar pela construção de comitês por bancos e ter de volta um governo democrático e popular”.

O presidente da CUT-CE, Wil Pereira, enfatizou que a central está empenhada com a base sindical em construir diversos comitês de luta, espalhados por todas as categorias. “É necessário levar os comitês para os bairros, locais de trabalho, igreja e apresentar aos amigos e familiares. Nesses espaços vamos nos organizar para fortalecer as lutas mais urgentes da classe trabalhadora”. O presidente informou, também, que neste sábado será lançado o Comitê Popular de Luta de Canindé.

Já falando em nome do Sindicato dos Bancários do Ceará, Tomáz de Aquino ressaltou a importância de construir não só um projeto de enfrentamento, mas de destruição do fascismo que se encontra no governo federal. Para Tomáz, o bolsonarismo precisa ter um fim por ter destruído a nação de maneira inimaginável. “É obrigação de todos os que são comprometidos com a democracia e com o bem estar do povo, possibilitar a construção de comitês populares e comprometidos em eleger um governo capaz de mudar e transformar verdadeiramente o Brasil.

O vereador de Fortaleza, Guilherme Sampaio, afirmou que o grande desafio, neste momento, é resgatar aquele ímpeto que transforma, a partir da consciência política, a nossa capacidade de nos situar historicamente na luta da classe trabalhadora em organização e movimento. Essa campanha tem que ser um movimento do povo brasileiro em defesa da democracia. “Me sinto privilegiado de poder caminhar ao lado das bancárias e dos bancários do Ceará não só em nossa militância, como também no caráter estratégico para desenvolver resistência e luta na busca pela retomada da democracia. Fora da democracia não se conquista direitos.”

O deputado federal e vice-presidente do Partido dos Trabalhadores, José Guimarães, relembrou diversas campanhas em que os bancários foram fundamentais para a discussão da importância e fortalecimento das empresas públicas, assim como o fortalecimento de diversos direitos dos trabalhadores em geral. E são todas essas categorias de trabalhadores, comprometidos com os direitos, que devem ser reconhecidas. “Quem está do nosso lado, está! Não se pode deixar a democracia em risco. Como se diz aqui no Ceará: nós vamos botar pra voar as bandas e eleger um governo democrático. Parabéns e viva os Comitês de Luta.”

A presidenta Contraf-CUT, Juvândia Moreira, relembrou que o último congresso da Contraf-CUT foi exatamente no dia da prisão do ex-presidente Lula, sendo um dia difícil em que todos tinham a consciência de que ali se consumava um golpe contra os trabalhadores, contra as empresas públicas, contra o povo brasileiro e contra a soberania. Quatro anos depois o sentimento é de esperança, mas também de muita responsabilidade.

“Hoje quem não está com fome, está comendo pouco, recebendo pouco, desempregado e endividado. Essa é a realidade da maioria da população em um governo que claramente favorece e enriquece ainda mais o sistema financeiro em detrimento do sofrimento do povo”, ressaltou Juvândia. Para a presidenta, eleger Lula presidente, hoje, não é questão partidária, é uma questão de classe. “Por isso a importância da construção desse comitê e da necessidade deles em todo o país. Comitê é algo vivo, é movimento, é nas redes sociais e, principalmente, nas ruas.”

A secretária de Igualdade e Diversidade e Comitê de Mulheres Ana Dantas, Francileuda Pinheiro, parabenizou Juvândia Moreira pela recente eleição na Contraf-CUT. Durante o evento, todos os convidados que fizeram parte da mesa assinaram a Plataforma da CUT para as eleições 2022, comprometendo-se com a luta da classe trabalhadora.

Apresentação dos Comitês Populares de Luta.

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