Banco chinês CCB nega realização de exames periódicos de Covid a funcionários e terceirizados

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O China Construction Bank (CCB), banco público chinês e um dos maiores conglomerados financeiros do mundo, com atuação no Brasil desde 2004, recusa-se a realizar testes periódicos de Covid-19 nos funcionários e trabalhadores terceirizados (vigilantes, copa, limpeza e demais), enquanto diretores, superintendentes e gerentes da subsidiária CCB Brasil podem se submeter a exames sempre que quiserem.

Relatos de funcionários de várias agências expressam a insatisfação com o descaso em relação à maioria desprotegida, que vive com baixos salários. O banco permitiu um único teste particular, com grande demora no ressarcimento do valor pago.

Os funcionários só conseguem fazer novo teste se estiverem com sintomas, uma vez que os planos de saúde passaram a ser obrigados a realizá-lo nessa circunstância. “O banco não precisaria esperar alguém adoecer se fizesse testes periódicos. Além disso, ele não tem equipe de sobra para cobrir em caso de contágio, como exige o protocolo que determina a substituição durante 14 dias de isolamento”, diz o diretor da Contraf-CUT Matuzalém Albuquerque.

O dirigente da Contraf lembra que foi enviada ao banco, em 14 de junho, a cobrança de teste em todos os funcionários e terceirizados. A resposta foi para que os trabalhadores ficassem à vontade para realizar exames fora, porque não havia decisão do CCB a respeito do assunto.

Em outro e-mail envidado ao banco em 15 de outubro, a representação dos trabalhadores cobrou observância aos protocolos de prevenção à Covid nas agências e voltou a insistir na necessidade de realização de testes em todos os trabalhadores ainda neste ano. “Novamente, o CCB deu resposta evasiva, numa demonstração de total falta de respeito e de compromisso com quem trabalha para ele aqui no Brasil”, protesta Matuzalém.

A Contraf-CUT, segundo o dirigente, seguirá exigindo do CCB responsabilidade em relação à saúde e à vida de seus funcionários aqui no Brasil, sem permitir qualquer discriminação comparativa com o tratamento dispensado aos trabalhadores do banco na China ou em qualquer outro país. A orientação é para que os sindicatos intensifiquem suas ações nos locais de trabalho exigindo proteção aos funcionários e aos terceirizados.

Covid segue dizimando vidas

Após o surgimento do novo coronavírus em Wuhan, China, com o primeiro caso de Covid-19 detectado em 12 de dezembro de 2019, foram infectadas em um ano mais de 31,2 milhões de pessoas (dados de 06.12.20) ao redor do planeta. O número de mortes no mundo ultrapassou 977 mil.

No Brasil, foram infestadas até 06 de dezembro 6,6 milhões de pessoas. Foram mais de 177 mil mortes.

Fonte: Bancários DF

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