Brasil está voltando a ser o país da fome, do desemprego e da miséria!

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Carlos Eduardo, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará

 A renda mensal média das famílias mais ricas foi de R$ 15,8 mil, enquanto metade das pessoas com os menores rendimentos contava com, apenas, R$ 453,00. Esse é o retrato da desigualdade do Brasil de Bolsonaro. Dados divulgados pelo IBGE mostram que, em 2020, o rendimento mensal médio real de todas as fontes no país passou de R$ 2.292 em 2019 para R$ 2.213 – valor mais baixo desde 2013, quando era estimado em R$ 2.250 (já descontada a inflação do período). Este recuo corresponde a uma queda de 3,4%, a mais intensa da série histórica da pesquisa iniciada em 2012.

Para agravar o quadro da desigualdade e da miséria que estão assolando nosso país, após 18 anos de pleno funcionamento o Bolsa Família, criado por Lula em 2003 e premiado internacionalmente, foi extinto por Bolsonaro, que também parou de pagar o Auxílio Emergencial para dar espaço a um programa eleitoreiro, cujas fontes de financiamento não estão definidas e que, segundo especialistas, não resolverá os problemas da fome, miséria e inserção de crianças na escola. O Auxílio Brasil tem, inclusive, data para acabar – dezembro de 2022 – e excluiu milhões de beneficiados pelo auxílio emergencial, que tiveram no programa sua única fonte de renda durante a pandemia.

Além disso, impulsionada pelo aumento dos combustíveis que se refletem em toda a economia, a inflação já ultrapassa os dois dígitos. Não é necessário ser economista para perceber que cada vez cabe menos alimentos e produtos no nosso orçamento. A inflação está sendo sentida pelo brasileiro na conta do supermercado. Aqueles que não têm emprego e renda são os mais impactados. No total, o Brasil já tem cerca de 20 milhões de pessoas passando fome atualmente.

Entre 2018 e 2020, 7,5 milhões de brasileiros passaram ao menos um dia inteiro sem se alimentar. Este número é quase dobro do que era em 2014 (3,9 milhões). Quase 1/4 dos brasileiros (23,5%) passou por insegurança alimentar moderada (dificuldade e restrição no acesso a alimentos, ou seja, não faz as 3 refeições por dia), o que significa ao todo 49,6 milhões de pessoas.

E sem projeto para o país, Bolsonaro aprofunda a crise, ataca direitos, e ao invés de empregos criados, postos de trabalho são extintos, cada vez mais trabalhadores ficam desempregados e, por consequência, famílias inteiras estão sendo penalizadas. São milhares de pessoas com suas geladeiras vazias, em desespero por não poder sustentar a própria família e não terem expectativas de conseguir trabalho. Enquanto salários não sobem, a cesta básica aumenta. De acordo com o Dieese, o valor da cesta em novembro de 2021 está, em média, 25% mais caro do que em novembro de 2020 e já custa cerca de R$ 700,00 em algumas localidades do país.

Como se não bastasse, o negacionismo, a negligência e o envolvimento em escândalos de superfaturamento na compra de vacinas, além da promoção de medicamentos sem eficácia no combate à Covid-19, resultaram na morte de mais de 610 mil brasileiros durante a pandemia.

As privatizações também são uma ameaça ao país. Desde o golpe de 2016, o Brasil sofre um verdadeiro ataque às empresas públicas estratégicas como a Petrobras, o Banco do Brasil, a Caixa Federal, Correios e Eletrobras, essenciais para o nosso desenvolvimento.

A política de Bolsonaro é uma política de morte. Por todos estes motivos, mas acima de tudo pela esperança de o povo brasileiro conseguir sobreviver e por uma sociedade mais justa para todos a palavra de ordem é Fora Bolsonaro. #VidaÉLuta!

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