Os desafios da Campanha Nacional dos Bancários 2024

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A Tribuna Bancária Podcast fez um episódio para debater a Campanha Nacional dos Bancários e a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que está se iniciando. Para debater esse tema, ouvimos a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, o presidente da Fetrafi/NE, Carlos Eduardo e o presidente do Sindicato, José Eduardo Marinho. Confira aqui um pouco do que foi essa conversa e para ouvir todo o episódio acesse o Spotify do Tribuna Bancária Podcast ou leia o QR Code.

Quais os principais desafios da categoria bancária para 2024?
Juvandia – Nós estamos começando um ano importante e sempre observamos a conjuntura da campanha, porque ela interfere no resultado. Nós estamos numa conjuntura que temos um governo democrático e popular, isso é importante, que tirou da agenda nacional o tema da privatização, porque na última campanha nós estávamos na defensiva, lutando para não privatizar os bancos públicos (BB, Caixa e BNB).


Já existe um calendário de ações para essa campanha de 2024?
Juvandia – Vou falar mais em nível nacional. Agora, nós vamos lutar por aumento real, por ampliar nossos direitos, e nossa pauta antes era contra a retirada de direitos, contra a privatização, defesa dos bancos públicos, da democracia. Agora nós queremos avançar e tem temas que se relacionam com o avanço tecnológico, com as reestruturações decorrentes disso. E nós começamos sempre com esse debate no Comando Nacional fazendo uma seleção desses temas: aumento real, saúde (inclusive mental), cobrança abusiva de metas, assédio, adoecimento, ampliação de direitos, regulamentação do sistema financeiro, porque o BB é cobrado como banco e a Nubank não….

Carlos Eduardo – Por isso nós temos calendários estaduais, regionais, para debater esses temas em todas as instâncias, nas bases dos sindicatos, das federações, onde analisamos nossa minuta e vamos para os congressos nacionais por bancos públicos, encontros de bancos privados, a consulta nacional e, por fim, a Conferência Nacional.

José Eduardo – Nós temos que adequar a nossa pauta à sociedade que nós vivemos hoje. Hoje as pes-soas não estão mais indo às agências, os bancários não trabalham mais só nas agências, e temos que nos adequar a essa realidade e defender os direitos da categoria nessa nova realidade.

 

Como organizar a luta nesse ambiente virtualizado?
José Eduardo – Nossos desafios não reduziram nossas possibilidades, pelo contrário, ampliou-se. Nosso trabalho é fazer essa mobilização utilizando esses novos recursos.

Carlos Eduardo – Eu lembro que em greves de 30 dias, nós lotávamos o pátio do Sindicato com cerca de 1.200 pessoas. Hoje as assembleias são muitas vezes virtuais, mas na última campanha nós chegamos a contar com o voto de cerca de 4 mil pessoas, quase metade dos associados do Sindicato.

Juvandia – O campo virtual também é uma possibilidade de ampliar nosso diálogo, com essas assembleias virtuais que permitem a participação de longe, temos aplicado esse recurso também na consulta. Antes nós imprimíamos o papel e levávamos para o bancário responder, tabular… hoje é virtual.

Clique aqui e assista ao podcast completo

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