Carlos Eduardo, Presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará
Os bancários do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Banco da Amazônia (Basa), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Itaú, Bradesco e Santander se reúnem virtualmente entre os dias 3 e 8 de agosto para debater as estratégias de mobilização e organização para 2021. No fim de semana, dias 30 e 31/7, os bancários do Nordeste estiveram reunidos durante a Conferência Regional da Fetrafi/NE para definir as prioridades para este ano. Mesmo sem campanha salarial, esses momentos são fundamentais para nos organizarmos e enfrentarmos os desafios que estão postos para a categoria bancária.
Em 2020 realizamos uma campanha nacional atípica, em plena pandemia, e mesmo com muitas dificuldades, num cenário extremamente adverso, conseguimos, com muita luta e organização, fecharmos acertadamente uma convenção e acordos específicos bianuais que nos garantiram aumento real e manutenção de direitos num momento delicado do nosso país. Somos, assim, uma das poucas categorias de trabalhadores, senão a única, a já ter garantido aumento real em 2021. Tudo fruto da força da nossa mobilização e organização.
Entretanto, apesar de não estarmos lutando este ano por cláusulas econômicas, temos muitos desafios a enfrentar e precisamos, sim, nos organizarmos. É hora de lutarmos pela defesa dos nossos direitos, por mais empregos, mais saúde, mais segurança e principalmente, por um país melhor e mais justo para todos.
Nesse momento, nossa unidade é fundamental em defesa de tudo que já conquistamos, inclusive da nossa democracia, pois sem democracia não há direitos. Diante de um governo que prioriza o retrocesso, o ataque aos direitos dos trabalhadores e às proteções sociais historicamente conquistadas, precisamos estar atentos, firmes e fortes em defesa do nosso patrimônio, das nossas conquistas como mais empregos, melhores condições de trabalho, em defesa dos nossos planos de saúde e de previdência complementar, nossa segurança e negociar as novas formas de modelos de produção nos bancos.
Temos também de estar atentos e buscar negociar o retorno ao trabalho presencial, e já estamos reivindicando uma negociação com a Fenaban para debater o tema. Precisamos saber o que os bancos estão pensando e garantir que os bancários tenham toda a segurança para este retorno. Não vamos permitir que a saúde do trabalhador seja colocada em risco.
Por isso, é fundamental a realização desses encontros por bancos, das conferências regionais e da Conferência Nacional, assim como a participação efetiva da categoria nesses eventos. Temos que estar um passo à frente para debater com os banqueiros temas como teletrabalho, tratamento das sequelas da Covid, home office, mais saúde, mais empregos, novas tecnologias, defesa dos direitos e defesa da democracia, contra o desmonte desse governo e, para isso, precisamos estar unidos e mobilizados.
Mas nossa luta vai além do corporativismo. Temos também que ter vacina para todos para podermos mostrar a força popular e construir um projeto político em defesa da democracia, contra os ataques aos trabalhadores e por um país mais justo e digno para todos. Esse é o país que queremos. Nossa força é a nossa unidade. #EstamosNessaLutaComVocê.