O leilão das Loterias Instantâneas Exclusivas (Lotex), a “raspadinha”, foi mais uma vez adiado. A nova data é 5 de fevereiro de 2019. É a terceira vez que o governo tenta vender a Lotex, hoje sob gestão da Caixa Econômica Federal. O adiamento é uma conquista e amplia o tempo para a realização de iniciativas de resistência contra a privatização, como já vêm ocorrendo.
Só no primeiro semestre deste ano as Loterias Instantâneas da Caixa arrecadaram R$ 6,5 bilhões. Desse valor, aproximadamente R$ 2,4 bilhões foram transferidos para programas sociais nas áreas de seguridade social, esporte, cultura, segurança pública e saúde, correspondendo a 37,6% do total.
O adiamento, avalia a representante dos empregados no CA da Caixa e coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Rita Serrano, “É uma conquista e nos anima a prosseguir com a mobilização contra a privatização. A venda da Lotex representa uma perda imensa para os brasileiros, já que arrecadação é alta e boa parte é investida em programas sociais”, explica.
O valor mínimo do leilão está estimado em R$ 542 milhões, com a vantagem de o pagamento ser parcelado em até 4 vezes. O governo mantém a decisão de que a Caixa não deverá participar do leilão. O Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas e a Fenae já denunciaram, com base em análise jurídica, que a exclusão da Caixa do processo contraria o interesse público e a economia popular.