Depois de cobrança da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Caixa Econômica Federal anunciou, dia 12/6, em comunicado interno aos empregados, a prorrogação do “Projeto Remoto” até o dia 30 de junho.
A Contraf-CUT, assessorada pela Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), enviou ofício à Caixa para pedir o agendamento de reunião da Mesa Permanente de Negociações, por videoconferência. A reivindicação das entidades é que o Projeto Remoto seja prorrogado enquanto durar a pandemia.
O “Projeto Remoto” é um dos principais itens do protocolo de atuação de gestores e empregados. A medida, construída em conjunto com as entidades e o movimento sindical, é essencial para promover a saúde e defender a vida dos empregados e da população durante a pandemia. O trabalho remoto é importante para os empregados e para a população protegendo-os da contaminação e evitando a aglomeração nas agências.
Outro ponto da pauta de reivindicações é a postura do banco público de cobrar metas dos empregados em plena pandemia de coronavírus (Covid-19) e enquanto acontece o pagamento do Auxílio Emergencial. A postura, anunciada no início de junho, contraria os compromissos firmados pelo banco público, desde o início da pandemia. Em março, a direção da Caixa havia se comprometido a suspender a cobrança de metas durante a pandemia de coronavírus. Já no começo de abril, em documento, a vice-presidência de Varejo havia afirmado que “nenhuma unidade ou empregado terá impacto na sua carreira em razão dos resultados observados enquanto durar esta fase de confinamento”. Depois, no início de maio, havia comunicado a suspensão da GDP.
Relaxamento das medidas de segurança – Ao mesmo tempo em que volta com a cobrança das metas, a Caixa também relaxa as medidas de segurança relacionadas à saúde de seus empregados, com o retorno de trabalhadores de áreas-meio que estavam em sistema de teletrabalho e mudanças nas regras de afastamento dos terceirizados. As entidades representativas dos empregados têm cobrado intensamente a Caixa para que cumpra os protocolos de combate à pandemia da Covid-19. Tais ações tem se mostrado necessárias, pertinentes e efetivas, haja vista os índices verificados do contágio e adoecimento no país, que justificam essas medidas.