ARTIGO: nossa mobilização garantiu nossos direitos

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José Eduardo Rodrigues Marinho, presidente em exercício do Sindicato dos Bancários do Ceará

Após várias rodadas de negociações e propostas rebaixadas, que resultariam em redução de até 48% no valor da PLR; reajuste zero com perda de 2,65% nos salários; ou o fim da 13º cesta alimentação, a categoria bancária, novamente, mostrou a sua força e reverteu a enxurrada de retirada de direitos e cortes de rendimentos.

Os trabalhadores saíram de um cenário de reajuste zero para arrancar dos bancos, em 2020, um aumento de 1,5% para salários, com abono de R$ 2 mil. E ainda a reposição da inflação (estimada em 2,74% no período) para demais verbas, como vales alimentação e refeição e auxílio-creche/babá. O abono será pago no final de setembro. A proposta foi aprovada no Ceará com mais de 85% e com participação de mais de 4 mil bancários, o que demonstra o envolvimento dos bancários na campanha nacional, mesmo com a pandemia.

Para 2021, o acordo aprovado garante para todos a reposição do INPC acumulado no período (1º de setembro de 2020 a 31 de agosto de 2021) e aumento real de 0,5% para salários e demais verbas como vale-alimentação e vale-refeição, assim como para os valores fixos e tetos da PLR. E o mais importante: está garantida a manutenção de todas as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho e dos acordos específicos de bancos públicos por dois anos, o que dá segurança para a categoria em meio a um cenário de retirada de direitos dos trabalhadores.

Além da situação adversa imposta pela pandemia do coronavírus, o país vive sob um governo contrário aos direitos dos trabalhadores e favorável à privatização das empresas públicas. Cerca de 80% dos acordos trabalhistas fechados em agosto ficaram abaixo do INPC.

A mobilização da categoria bancária nas redes sociais foi fundamental para reverter a retirada de direitos que os bancos insistiam em impor e resultou em uma proposta com reajuste salarial e abono em 2020, aumento real em 2021 e a manutenção de todos os direitos clausulados na Convenção Coletiva de Trabalho e nos acordos específicos dos bancos públicos.

Ao contrário do que muitos pensam, PLR, adicional de PLR, cesta-alimentação, 13ª cesta alimentação, vales refeição, reajuste acima da inflação, Planos de Cargos e Salários, gratificações de função, planos de saúde, mais contratações, jornada de seis horas, não trabalho aos sábados, licenças maternidade e paternidade estendidas, entre outros direitos, são frutos de muita luta das entidades sindicais ao longo de mais de 20 anos de Convenção Coletiva Nacional dos Bancários. Aliás, a própria CCT é uma conquista. Nada disso, foi dado de mão beijada pelos bancos não!

E, mais uma vez, nossa resistência, a nossa disposição de luta e unidade conseguiram evitar a perda de direitos. Estaremos sempre #NaLutaComVocê!

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