O Sindicato dos Bancários do Ceará realizou na manhã desta quarta-feira, 10/2, uma manifestação contra o processo de reestruturação no Banco do Brasil. A mobilização aconteceu no Centro de Fortaleza, em frente à agência Praça do Carmo, reunindo direção e funcionários que mostraram sua indignação contra a desinformação sobre o processo de desmonte do BB. Os funcionários aprovaram em assembleia o estado de greve.
Essa é a segunda grande manifestação contra a reestruturação do Banco do Brasil realizada pelo Sindicato, além de plenárias virtuais, assembleias e reuniões nas agências. A entidade também procurou o Ministério Público para solicitar à direção do banco mais informações sobre o processo, já que o BB não enviou nada de concreto para o Sindicato, mesmo após várias solicitações.
O que se sabe até o momento, através da população e dos próprios funcionários atingidos pela reestruturação é que fecharão as agências de Santana do Cariri, Juaci Sampaio/Caucaia, Aerolândia (Fortaleza), Empresa Parquelândia (Fortaleza), Av. Barão de Studart (Fortaleza), Alto Santo, São João do Jaguaribe e Itaiçaba e as agências de Orós, Cambeba (Fortaleza), Aiuaba, Catarina e Irauçuba irão virar postos de atendimento. Segundo levantamento do Sindicato, somente nessas localidades, cerca de 150 mil pessoas, entre clientes e população em geral, serão atingidas. “Isso afeta diretamente a economia desses locais, pois sem uma agência do BB, as pessoas acabam se deslocando para outro município causando inúmeros prejuízos para a economia local”, destacou o diretor do Sindicato, José Eduardo Marinho.
“A importância da construção dessa mobilização para discutir os direitos dos caixas executivos, contra o fechamento das agências, mas também para conscientizar a população dos efeitos nocivos da privatização do Banco do Brasil. O Sindicato vem atuando para conscientizar a população sobre o papel das estatais durante a pandemia, onde o BB, a Caixa, o SUS, o Instituto Butantan, FioCruz, todos tiveram papéis de extrema relevância. A função social das estatais é uma das nossas principais a bandeira de luta”, disse o diretor do Sindicato e funcionário do BB, Roger Medeiros.
Na mesma linha, o diretor do Sindicato Clécio Morse cita a importância de se fortalecer o papel dos bancos públicos e das estatais. “Durante a pandemia foram as empresas públicas que socorreram a população, sobretudo a mais carente. O SUS, a Caixa, o BB, os institutos de pesquisa científica, todos tiveram papel preponderante, o que justifica nossa atuação em defesa do patrimônio público”, referendou.
O presidente do Sindicato, Carlos Eduardo, destacou que o movimento sindical está indignado com o total descomprometimento da direção do BB que se nega a dar informações sobre o processo. “O que nós queremos é negociar. Valorizamos o processo negocial e queremos que o banco suspenda a reestruturação enquanto durar essa negociação. Aprovamos o estado de greve e vamos manter a nossa mobilização forte e coesa. Não vamos permitir que o governo destrua o Banco do Brasil”.
Fonte: SEEB/CE