Banco do Brasil: Negociação em mesa temática debate saúde do funcionalismo

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Em rodada da Mesa Temática de Saúde, prevista do Acordo Coletivo de Trabalho ACT-2018/2020, realizada dia 10/7, em Brasília, o Banco do Brasil apresentou dados sobre o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), que é feito de acordo a Norma Regulamentadora (NR7) e também uma apresentação sobre o programa de Reinserção – Retorno ao Trabalho. Foram apresentados ainda números compilados do Exame Periódico de Saúde (EPS) de 2018. Existe uma obrigação legal e o EPS pode ser feito bienalmente para pessoas até 50 anos e sem doenças, mas o BB faz anualmente para todos os funcionários. O PCMSO é realizado pela Cassi com ressarcimento do banco via convênio, não entrando nas despesas assistenciais da Cassi.

Entre os dados apresentados que mais preocupam os representantes dos trabalhadores está o crescimento do sobrepeso, maior no BB do que a média do Brasil. Estudos indicam que a incidência de câncer tem sido mais associada ao sobrepeso do que ao cigarro. O percentual de sedentarismo no banco também é bastante elevado. O BB também tem feito no EPS um rastreamento de tendência a depressão entre os funcionários.

O Sindicato orienta que todos os funcionários façam agendamento e não deixem de realizar o EPS, pois muitos problemas ocupacionais são detectados naquele exame e os dados são cruzados com os dados da Cassi, para melhor monitorar a saúde dos funcionários.

Reinserção – O BB também apresentou informações sobre o programa de reinserção. Foi explicado como é feito o acolhimento do funcionário no local de trabalho, sua adaptação e o acompanhamento. Os representantes dos sindicatos e federações fizeram vários questionamentos sobre os dois programas, com sugestões de melhoria no acompanhamento dos casos de retorno por cancelamento de licença ou aposentadoria por invalidez, principalmente de funcionários com muito tempo longe dos locais de trabalho. Os representantes dos trabalhadores solicitaram dados mais detalhados sobre afastamento, além dos informados no Relatório Anual do BB. Foi solicitado que o banco comunique os casos de reinserção aos sindicatos para melhor auxílio aos funcionários.

PSO – Foi relatado que nas Plataforma de Suporte Operacional (PSO) em todas as regiões do país, está havendo pressão para a adesão ao banco de horas, descumprindo assim o firmado no Acordo Coletivo. A Comissão de Empresa denunciou que funcionários têm sido transferidos de SOP simplesmente por não aderirem ao banco de horas, o que é ilegal e fere o que foi acordado, que é livre adesão. A Contraf-CUT também questionou se as horas não folgadas estão sendo provisionadas. O banco respondeu que já existe a provisão e o primeiro pagamento de horas não folgadas será feito na folha de pagamento de agosto deste ano.

GDP – Os representantes dos funcionários denunciaram que a GDP tem sido usada constantemente como instrumento de ameaça de descomissionamento. Tudo tem se tornado motivo de ameaça para anotação na GDP e consequentemente ameaça de perda de cargo. Foi solicitada ao banco uma mesa específica sobre GDP, conforme foi debatido e acordado na Mesa de Negociação da Campanha Salarial de 2018.


“O adoecimento de funcionários é algo que tem nos preocupado bastante diante das transformações que vem acontecendo com o banco e nosso papel é sempre sugerir melhorias nos programas de saúde, visando sempre buscar as melhores condições de trabalho para o funcionalismo”
José Eduardo Marinho, diretor do Sindicato e funcionário do BB


 

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