Banco do Brasil: Negociações da Cassi continuam e funcionários repudiam postura do governo sobre a Previ

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No dia 8/3 aconteceu uma nova rodada da Mesa de Negociações da Cassi, na sede do Banco do Brasil, em Brasília. As entidades de representação dos trabalhadores retornaram com as primeiras análises dos associados sobre a proposta do BB.

As entidades reafirmaram que, por exemplo, sobre governança, algumas premissas precisam ser observadas, como não ter voto de minerva e alternância de presidência no conselho deliberativo, bem como a troca das representações nas diretorias. As entidades informaram ao BB que poderão ser introduzidos outros mecanismos para facilitar o rito de decisão como pauta automática no conselho deliberativo.

Sobre a reabertura do Plano Associados, as entidades cobraram do BB o detalhamento de como seria a entrada dos novos funcionários e a possibilidade de entrada dos funcionários de bancos incorporados. O banco respondeu que vai detalhar as formas de auto patrocínio dos futuros funcionários e que fará uma proposta de redação no Estatuto da Cassi.

Em relação ao custeio, foi cobrado do BB que seja mantida a proporcionalidade de 60/40 nos valores globais das contribuições entre patrocinador e associados. As entidades reivindicaram que haja mais estudos e simulações sobre a proposta de custeio. Ficou estabelecido que serão feitas simulações utilizando os dados existentes e as projeções na Cassi.

A próxima rodada está marcada para iniciar dia 18/3, com negociações nos dias subsequentes.

Previ – Em transmissão ao vivo realizada dia 7/3 por meio das redes sociais, o presidente Bolsonaro criticou a exigência de cursos de diversidade e prevenção ao assédio em edital para assistente técnico da Previ, além de afirmar que o requisito não constará nas próximas seleções.  A Previ conta com funcionários selecionados entre o quadro funcional do BB e também contratados. Na seleção para Assistente Técnico, voltada para funcionários do banco, o edital exige cursos de Ética, Diversidade e Prevenção e Combate ao Assédio Moral e Sexual, que fazem parte da grade formativa do BB, através de sua Universidade Corporativa.

A Contraf-CUT e seus sindicatos filiados assinaram nota de repúdio contra a declaração do presidente da República menosprezando o requisito dos processos seletivos da Previ voltados para funcionários.


“A proposta que o banco apresentou para a Cassi precisa ser melhorada. Não podemos aceitar uma proposta pior que a proposta rejeitada pelos associados no ano passado. Quanto ao fato de o presidente Bolsonaro criticar um edital que exige apenas que os funcionários do BB façam cursos previstos na grade formativa da empresa e querer que essa exigência seja retirada, além de por as instituições em risco, ainda colabora para a ocorrência de práticas ilegais interferindo indevidamente em uma entidade de direito privado”
Valdir Maciel, diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará


 

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