Trabalho intermitente
Dados do Boletim Emprego em Pauta, do Dieese, mostram que, ao contrário do que afirmavam os apoiadores da “reforma” trabalhista do golpista Temer, o contrato intermitente não criou “milhões de empregos”. Ao contrário, “legalizou a precarização e a informalidade” no mercado de trabalho. A análise é do diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio. Aprovado por lei, em 2017, o trabalho intermitente é um tipo de vínculo formal em que o trabalhador fica à disposição da empresa, aguardando, sem remuneração, ser chamado pelo empregador. De acordo com informações da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), os contratos intermitentes representaram 0,29% do estoque de empregos formais em 2019. No período em que o trabalhador está em atividade, a remuneração fica em torno de R$ 763, quase R$ 200 a menos do valor do salário mínimo, na época fixado em R$ 954.
Glenn Greenwald é denunciado pelo MPF
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou dia 21/1 sete pessoas, entre elas o jornalista Glenn Greenwald, um dos fundadores do site The Intercept, por invasão de celulares de autoridades brasileiras. Para o MPF, embora Greenwald não seja investigado nem indiciado pela Polícia Federal, ficou comprovado que ele auxiliou, incentivou e orientou o grupo durante o período das invasões de celulares de autoridades como o ex-juiz Sergio Moro, e o coordenador da operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol. Em nota enviada à Folha de S. Paulo, Glenn Greenwald classificou a denúncia como mais uma tentativa de acabar com a imprensa livre no país. Ele também disse que não fica intimidado com a denúncia e que continuará fazendo seu trabalho. O The Intercept vem publicando desde 9 de junho uma série de reportagens denominadas ‘Vaza Jato’ revelando troca de mensagens entre Moro, Dallagnol e outros procuradores, que mostram que eles combinavam as ações da Operação Lava Jato.