Caixa quer usar GDP para promoção por mérito

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A Caixa Econômica Federal não aceitou proposta da representação das empregadas e empregados e apresentou uma contraproposta para que o pagamento dos “deltas” da promoção por mérito, referentes ao Plano de Cargos e Salários (PCS), seja feito considerando apenas o programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), de acordo com critérios empresariais da meritocracia. A proposta apresentada ao banco pelo movimento sindical é para que seja distribuído um delta linearmente para todos que cumpram os critérios definidos e que apenas o segundo seja distribuído de acordo com a GDP.

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“Esta gestão da Caixa avalia que os empregados que devem receber são somente aqueles que atingirem a classificação de bom desempenho e desempenho de excelência na GDP, mas não querem discutir os critérios utilizados para a avaliação no programa, mantendo critérios subjetivos, como o feedback do gestor”, explicou o coordenador do Grupo de Trabalho de Promoção por Mérito na Caixa, João Paulo Pierozan.

“Já tivemos este debate no ano passado. Pra gente, a distribuição linear não é a ideal, mas não temos como aceitar que ela seja feita a partir de critérios subjetivos. Queremos discutir os critérios de avaliação não apenas para a promoção por mérito, mas de todo o processo de gestão de pessoas”, afirmou Túlio Roberto Menezes representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Fetrafi) do Nordeste no GT.

Promoção por mérito X GDP

“A Caixa tinha um sistema que utilizava critérios de avaliação criados em conjunto com a representação dos empregados, mas criou a GDP, que permite a mudança dos critérios no meio do ciclo avaliatório”, lembrou a representante do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiza Hansen. “O que observamos no dia a dia é que muitas vezes os objetivos da GDP são impostos pela gestão. Além disso, as metas mudam constantemente, os sistemas apresentam falhas e há pouco tempo para o cumprimento dos objetivos, prejudicando a avaliação do desempenho dos empregados”, observou a dirigente, ao ressaltar que os empregados não têm a liberdade de escolher os objetivos smart das metas.

Continuidade das negociações

A representação dos empregados no GT avalia que a proposta da Caixa não será aceita pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e pediu que o banco apresente os dados solicitados na reunião anterior, referentes aos impedimentos de recebimento da promoção e as formas de distribuição do segundo delta. Nesta terça-feira, os trabalhadores também pediram que o banco apresente uma estimativa de quantos empregados receberiam a promoção considerando a proposta apresentada pela Caixa. O banco, mais uma vez, ficou de analisar as solicitações.

A próxima reunião de negociações ainda não tem data marcada.

Fonte: Contraf-CUT

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