CEE/CAIXA define calendário de lutas para o mês de abril

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A Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa) definiu um calendário de lutas para o mês de abril, em defesa de pagamento justo da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR), a defesa da vacina contra Covid-19 para todos e da Caixa 100% pública. O calendário foi aprovado pelo Comando Nacional dos Bancários, em reunião realizada dia 12/4.

A Caixa não pagou devidamente, conforme o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2020/2021, a Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) dos empregados. O Dieese identificou que a Caixa pagou a PLR Social com base na divisão linear entre todos os empregados de 3% do lucro líquido, e não de 4%, como determina o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Os integrantes da Comissão também vão denunciar as graves consequências que as devoluções dos Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCD) vão causar à Caixa. A intenção do presidente do banco, Pedro Guimarães, é devolver os recursos com a venda de subsidiárias ainda neste ano. A Caixa já devolveu R$ 11,35 bilhões de um total de R$ 40 bilhões. Vale lembrar que IHCD não tem data de vencimento, portanto, a direção da Caixa não tem a obrigação de antecipar a devolução destes recursos.

A coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, explica que o calendário de lutas vai propor uma campanha ampla. “O Governo e a direção da Caixa têm avançado na retirada de direitos dos empregados e na privatização do banco público. Portanto, além de denunciar os prejuízos com a devolução dos IHCDs e cobrar o pagamento justo da PLR, nossa mobilização será pela vacinação para todos e a inclusão dos empregados no grupo prioritário de imunização contra a Covid-19. E o mais urgente – defender a Caixa 100% pública que, mais do que nunca, está ameaçada com a venda da Caixa Seguridade”, alertou Fabiana. A abertura de capital da subsidiária de seguros está prevista para o dia 29 de abril.

H1N1 – A Caixa respondeu, dia 13/4, ofício enviado pela Contraf-CUT, dia 8, que cobrava informações sobre o cronograma da campanha anual de vacinação contra H1N1. No texto, a Caixa disse que o processo de aquisição das vacinas da gripe deve ocorrer por meio de certame licitatório, em conformidade com a legislação vigente. Ou seja, a Caixa respondeu ao ofício, mas não deu prazo de quando isso ocorrerá. As entidades consideram que essa questão é urgente, pois é uma medida para proteger os empregados. A CEE/ Caixa irá continuar cobrando do banco até que as vacinas sejam aplicadas em todos os empregados.

Teletrabalho e banco de horas – A Contraf-CUT enviou um ofício para a Caixa solicitando o envio de minuta de acordo coletivo de trabalho referente à modalidade “Teletrabalho” e “Banco de Horas” para continuar as negociações coletivas sobre o assunto. O documento reforça o retorno das demandas feitas durante a última mesa de negociação, realizada no dia 16/3. O documento cobra ainda um posicionamento sobre outros temas listados debatidos na mesma reunião, que não tiveram retorno, como reestruturação; não exposição de “Nome e Sobrenome” de empregados em mensagens de “SMS” de avaliação de atendimento; inibir que empregados atuem nas áreas externas à agência (após a porta giratória); debate CR444 (PQV); transmissão de “Lives” durante horário de atendimento; PSIs (transparência); e fim dos objetivos SMART da VIRED. Foi reivindicada ainda a apresentação de todos os protocolos específicos vigentes no combate da proliferação do novo coronavírus (Covid-19).

Confira o calendário de lutas:

Plenárias – período de 19 a 21 de abril – Federações organizem
plenárias junto aos Sindicatos que cubram toda a base.

Assembleias – dia 22 de abril.

Live Temática: Descapitalização da Caixa – dia 26 de abril – 19h.

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