CEE/Caixa reivindica suspensão do normativo CR 444 000

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A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/ Caixa) é veementemente contra o normativo CR 444 000, publicado em outubro pelo banco, como Programa de Incentivo às Práticas de Vendas Qualificadas (PQV). A principal discordância com o texto está nas condutas que passarão a ser monitoradas e passíveis de punição, como o mau humor, uso de celular, alimentar-se durante o atendimento e apontar o dedo.

“O programa não só traz ainda mais trabalho aos gestores, que terão de fiscalizar os empregados, como também é um instrumento claro de assédio moral e exposição, com a possibilidade de punição subjetiva por baixo desempenho”, avaliou Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da CEE/ Caixa.

O PQV cria o conceito de “falha comportamental”, que pode ser apontada e corrigida por procedimento correcional ou instauração de processo administrativo, o que é bastante preocupante. Além disso, não deixa claro quais seriam essas ações para correção.

“As condutas indicadas como ‘falhas comportamentais’ são bastante peculiares e o seu julgamento completamente subjetivo. Como é possível que o empregado se mantenha de bom humor o tempo todo? Ou deixe de atender o celular ou responder uma mensagem, quando os próprios gestores enviam informações durante a jornada de trabalho? Inclusive, muitos colegas utilizam o próprio celular para agilizar o atendimento do cliente, até porque nem todas as ferramentas da própria Caixa são ágeis ou ficam disponíveis, como deveria ser o padrão. É surreal um normativo como esse para não dizer desnecessário”, completou Fabiana.

 

MESA PERMANENTE – A primeira reunião da mesa permanente de negociações entre a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e a direção do banco depois da Campanha Nacional 2020 será realizada na primeira semana de dezembro. Para o primeiro encontro, os principais pontos da pauta são teletrabalho e banco de horas. “Fizemos um excelente acordo na Campanha, diante do cenário atual, com a manutenção de todos nossos direitos garantidos no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Porém, algumas questões ainda estão pendentes e tantas outras surgem no cotidiano. Por isso o retorno deste espaço é tão importante. Ele foi criado para debater as demandas específicas dos empregados do dia a dia”, explicou Fabiana.

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