Contraf-CUT orienta os empregados sobre reestruturação

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Aos Empregados e às empregadas


A direção da Caixa está impondo aos empregados e empregadas uma reestruturação que desrespeita nossas carreiras, nossas vidas, e ataca a Caixa Pública.


Uma reestruturação apresentada via streaming, sem qualquer negociação com os trabalhadores, que estipulou o prazo de apenas três dias para que os empregados manifestassem sua “intenção de movimentação”, num processo seletivo de revalidação geral do quadro de empregados.


Como o banco não aceitou qualquer tipo de negociação com a representação dos trabalhadores, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) entrou com pedido liminar que garantiu 15 dias para inscrição no processo e forçou a direção do banco a fazer uma mesa para debater o tema.


Além disso a Contraf-CUT obteve ganho em ação que garante que não seja revogado o RH 151 para os empregados admitidos até 9/11/2017, a direção da Caixa tentou revogar com o debate da reforma trabalhista.


A liminar suspendeu a reestruturação até que “haja a realização de reunião e de tratativas no âmbito da Mesa Permanente de Negociação”, que ocorreu no dia 12/02/2020, concedendo o prazo de 15 dias a partir da conclusão da referida mesa. O novo prazo estabelecido vence nesta segunda-feira (2/3).

Pelo exposto orientamos aos Empregados:


1. A direção da Caixa sempre implementa reestruturação de cima para baixo. Desta vez, criaram um sistema que dá a impressão ao empregado de que ele tem direito de escolha. Por isso, antes de fazer qualquer opção, o ideal é procurar o jurídico do sindicato para que o caso seja avaliado;


2. Antes de fazer qualquer opção, é importante que você tenha a consciência de que a Caixa não esclareceu qual a consequência da opção por movimentação feita pelo próprio empregado no sistema criado pelo banco;


3. Caso o você queira fazer uma opção e o sistema apresente problemas, ele pode fotografar ou printar a tela da opção e enviar à Cepes12. Persistindo o problema, o empregado pode entrar em contato com o sindicato;


4. Caso você queira apenas manter local e função, acesse o sistema e faça sua opção;


5. Se for o caso de movimentação, não tendo problemas na transferência de local, opte para lateralidade (mantendo o salário) ou promoção (aumento salarial);


6. Caso haja apenas oferta de rebaixamento e você preencha os requisitos do RH 151 para manutenção da gratificação de função orienta-se que não faça opção, já que as chances de incorporação são altas caso a Caixa proceda a dispensa da função sem justo motivo. No caso de dúvida, reitera-se a importância de buscar orientação jurídica presencial junto ao sindicato de sua base;


7. Se houver apenas opções de transferências para localidades diferentes da que você tem interesse, dê print ou fotografe a tela e entre em contato com o sindicato para orientações;


8. A intenção de movimentação é o primeiro passo de um processo seletivo e de revalidação. Mas, o processo não acaba aí. É importante acompanhar as notícias nos sites do sindicato, da Contraf-CUT e da Fenae e manter-se em contato com as entidades;


9. A reestruturação está intimamente ligada à reforma administrativa que Paulo Guedes e Bolsonaro tentam aprovar no Congresso Nacional, inclusive com ameaças antidemocráticas. Estamos na defesa dos direitos dos empregados e da Caixa 100% Pública, prontos a defender a democracia e nossos direitos. É importante que todos se mantenham mobilizados;


10. Próximos passos: Dia 10/03 – Consultas e assembleias nos locais de trabalho prepararão os empregados para o dia 18/03, Dia Nacional de Luta, com possibilidade de paralisações em defesa da soberania, dos direitos e da democracia.


 


Caixa faz dois novos anúncios e escancara desrespeito aos empregados


O desrespeito aos empregados continua a todo o vapor na Caixa Econômica Federal. Mesmo com a liminar que estabelece a suspensão da reestruturação da área de varejo, propiciando mais prazo para que o tema seja discutido e esclarecido aos empregados, o banco surpreendeu os trabalhadores com dois novos anúncios: de um novo dimensionamento da rede executiva de habitação, realizada na última sexta-feira (21), e da nova mensuração de resultados da rede de varejo, feita nesta sexta (28).


“É um inadmissível que o banco, que está com o primeiro processo suspenso, abra uma nova reestruturação – também com os prazos curtos – e ainda divulgue as metas dos novos cargos que nem foram assumidos pelos empregados. E tudo isso sem nenhuma negociação com a representação dos trabalhadores”, criticou Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa).