Educação em Risco: Cem mil nas ruas de Fortaleza em defesa da Educação

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Cerca de 100 mil pessoas foram às ruas na manhã da quarta-feira, 15/5, contra a redução de investimentos nas instituições federais anunciados pelo Ministério da Educação (MEC). Os protestos aconteceram em todo o país de forma unificada, reunindo estudantes, profissionais da Educação e a classe trabalhadora de uma forma geral.

O ato teve apoio da população e repercutiu na grande imprensa e redes sociais cujas hastags em defesa da Educação chegaram a ocupar os cinco primeiros lugares das mais divulgadas no Twitter. Em Fortaleza, os manifestantes se concentraram na Praça da Bandeira e saíram em caminhada pelas principais ruas do Centro da cidade, terminando na reitoria da Universidade Federal do Ceará, na Av. 13 de Maio. Por volta das 5h da manhã, universitários fecharam com cadeiras o cruzamento em frente à UFC como protesto pelos cortes no orçamento da Universidade. Em seguida, eles seguiram em passeata e se juntaram à caminhada que partiu do Centro.

As mobilizações da quarta-feira foram um “esquenta” para a greve geral que acontece em 14 de junho, contra a reforma da Previdência. No final do percurso os estudantes puxaram uma grande “vaia cearense” em repúdio ao congelamento de recursos.

Cortes – Segundo dados levantados pela Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados, o congelamento de recursos do Ministério da Educação e Cultura (MEC) compromete R$ 2,1 bilhões nas universidades e R$ 860,4 milhões dos Institutos Federais. Mesmo a educação básica, apontada como prioridade por Bolsonaro durante a campanha eleitoral, sofreu um corte de R$ 914 milhões. No Ceará, as universidades Federal do Ceará (UFC), Federal do Cariri (UFCA), da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), tiveram corte de R$ 46,5 milhões, R$ 18,8 milhões, R$ 11,5 milhões e R$ 32 milhões, respectivamente. Um duro golpe no orçamento destas instituições.

Greve no interior – Manifestações também foram realizadas no interior do Estado. Mais de 30 municípios realizaram protestos na manhã da quarta-feira. Foram realizados atos, aulas e audiências públicas em praças, Câmaras Municipais, Escolas, Teatros e sede de sindicatos.

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