Eleição para Comissão de Ética no BNB desestimula a prática da Ética

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O Banco do Nordeste do Brasil S.A (BNB) anunciou para o dia 11/5 eleição para membros da Comissão de Ética da Instituição – Mandato 2018/2021. Habilitaram-se como candidatos 28 colegas do Banco lotados em diferentes agências e unidades administrativas da Instituição.


Irônico, no processo, é que, sob a alegativa de promover concorrência isonômica, onde nenhum candidato leve vantagem sobre outro, o BNB desestimula a prática da ética e o discurso sobre esse importante valor humano que deveria ser a tônica de toda a discussão entre os candidatos.


O Sindicato dos Bancários do Ceará discorda dessa justificativa do Banco e entende que restringir a campanha a um perfil na intranet, colocado pela própria comissão eleitoral, remete a épocas de campanha eleitorais patrocinadas pela ditadura militar. Naquele período a campanha de candidatos na televisão resumia-se ao abominável retratinho três por quatro na tela da televisão com informações meramente formais sobre os pleiteantes.


O Sindicato dos Bancários do Ceará propõe o adiamento dessa eleição e uma negociação com a Direção do Banco visando mudar essas regras draconianas, onde até o uso de e-mail particular está proibido para fazer a campanha. “É como se de antemão o Banco considerasse todos os candidatos antiéticos e capazes de fazer qualquer coisa para levar vantagem. É um contrassenso”, desabafa Tomaz de Aquino, diretor do SEEB/CE e Coordenador da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB.


Tomaz reconhece que nas eleições passadas as entidades sindicais passaram ao largo, até por respeito a um processo de caráter eminentemente interno. Por isso não analisaram direito os critérios que agora conhecem com alguma profundidade, até por demanda de candidatos insatisfeitos com a situação.


O Sindicato dos Bancários do Ceará está tentando uma conversa com o diretor administrativo para propor primeiro o adiamento da eleição e também outras medidas democratizantes do processo, como: participação paritária das entidades representativas na Comissão Eleitoral e escolha do presidente da Comissão entre os seus componentes, deixando de ser indicado pelo Banco, como é hoje.


”Vamos dar uma chance à ética que tanto se apregoa na Instituição. Se partimos do pressuposto que uma campanha livre vai ser usada antieticamente pelos concorrentes, estamos matando a discussão da ética no seu nascedouro, quando na verdade precisamos é estimulá-la e só com liberdade para experimentar é que saberemos quem se portará ética ou antiteticamente”, disse Tomaz de Aquino, diretor do SEEB/CE e Coordenador da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB.


Source: Noticia57