Encontro Estadual dos Bancários do Ceará une forças e delibera pauta para Campanha Nacional 2018

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Fortalecer o lado que vai defender os bancos públicos, os direitos conquistados com muita luta, a Convenção Coletiva dos Bancários e, além disso, eleger representação política para tirar o poder que está financiado pelos bancos no Legislativo, Executivo e desvirtuando o Judiciário. Esse é resumo do Encontro Estadual dos Bancários do Ceará, encerrado neste sábado, 28/4, com debates sobre a conjuntura nacional e a Campanha Salarial 2018. Uma chapa única foi eleita com delegados ao 29º Congresso Nacional dos Funcionários do BB e 34º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), ambos nos dias 7 e 8/6, do 24º Congresso Nacional dos Funcionários do BNB (18 e 19/5) e para a Conferência Regional da Fetrafi/NE (12 e 13/5).


Os bancários e bancárias cearenses nesse encontro se uniram, numa inédita união de forças políticas das mais diversas de situação e oposição, que vêm a necessidade de unir as forças, para fortalecer a luta e defender o projeto da classe trabalhadora que está sendo atacado. A chapa única da delegação que irá aos demais encontros de bancários, tem o nome de “Lula Livre! Mariele Vive!”

No primeiro painel deste sábado, Gustavo Tabatinga, Secretário Geral da Contraf-CUT destacou  que em 2018, há necessidade de levar para a base o debate sobre o golpe e fortalecer um campo que defende direitos dos trabalhadores. Justifica que, vivemos um estado de exceção no País, vivemos uma crise ética, social, econômica e politica, maior do que qualquer outra geração já pode acompanhar.


Em sua fala, Gustavo mostrou como é utilizado o poder judiciário que não tem participação do povo, para criar uma nova ordem no País, lembrando que, quem se apropriou ao longo da história da República desse poder, foi o Capital e as oligarquias. Fez, ainda, um panorama sobre as medidas do governo golpista Temer, que começou com o congelamento dos investimentos públicos por 20 anos, desmantelou a organização dos trabalhadores com a reforma trabalhista e quer aprofundar o golpe desmontando as empresas públicas, entregando ao capital, atingindo em cheio os bancos públicos.


No segundo painel, o diretor de Formação do Sindicato , Gabriel Rochinha debateu sobre “Os Impactos da Reforma Trabalhista na Campanha Salarial de 2018”, com as demissões ocorrendo descaradamente, as pessoas se transformando em PJ, os direitos, até então assegurados, sendo desrespeitados e a necessidade de uma forte mobilização dos bancários para enfrentar esses tempos atuais.  Destacou, que devemos fortalecer a campanha deste ano, pois os bancos estão se movimentando para acabar com os direitos da Convenção Coletiva, e devemos lutar.


A importância da comunicação foi o tema do terceiro painel do Encontro, quando as jornalistas Lucia Estrela e Roberta França debateram sobre “As Mídias Sociais e a Campanha Salarial 2018”, dando ênfase a atuação da Secretaria de Imprensa do SEEB/CE, à frente o diretor José Eduardo Marinho. Detalhou-se a vasta gama de ferramentas de comunicação que a entidade possui e com papel fundamental de fazer o contraponto à mídia hegemônica, através do jornal impresso Tribuna Bancária, boletins eletrônicos diários, página na internet e redes sociais, e outros. “Nesse tempos difíceis de ataque da mídia golpista, temos que ter instrumentos de contra-ataque, e a comunicação sindical tem feito esse papel”, destacou Lucia Estrela, assessora de Imprensa do Sindicato.



Ao final do Encontro, o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo disse: “a grande campanha salarial deste ano também é em 7 de outubro, é a decisão contra a reforma da previdência; para revogar a reforma trabalhista; e para defender a manutenção dos bancos públicos. Essa união precisa ser mobilizadora de todos da categoria, para que juntos tenhamos noção de que lado nós estamos. O lado do patrão está organizado para tirar nossos direitos. O bancário não aceita que se acabe a cesta alimentação, o vale refeição, os  reajuste dos salários, os empregos por conta da nova lei trabalhista, patrocinada pelos banqueiros. Essa visão aproximou muito até pessoas que pensam diferente. Vamos defender Nenhum Direito a Menos; pela Liberdade de Lula; e pela Democracia, pela liberdade que não permita mais assassinatos de Marieles. Somos bancários e não banqueiros, e temos que nos unir para assegurar nossas conquistas!”


Source: Noticia57