Fé, Luta e Solidariedade – Campanha Bancário Solidário arrecada quase 2 mil quilos de alimentos

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A Campanha Bancário Solidário 2017 arrecadou o número recorde de quase duas toneladas de alimentos, além de doações em dinheiro, roupas, produtos de higiene e chinelos. Mais uma vez, o Sindicato contou com o engajamento da categoria e de parceiros do movimento sindical e social na arrecadação desses alimentos, que foram entregues à instituição Toca de Assis, que assiste pessoas em situação de rua, em confraternização realizada na sede do Sindicato na sexta-feira, dia 22/12. Além das entidades parceiras, esteve presente ainda a secretária de Mulheres da CUT/CE, Ozaneide de Paula, que também apoiou a campanha.


O Coral do Sindicato, que solicitou as doações durante o Circuito Natalino, também brindou os presentes com sua participação no evento. Ao final, a bailarina Letícia Ferreira emocionou a todos com uma interpretação da música Imagine, de John Lennon.




 


 


 


 


 


 


 


“Apesar do Brasil de hoje, em que existem pessoas que mandam tocar fogo naqueles que não tem para onde ir, que jogam um balde de água fria nas pessoas que não tem um lar para dormir, nós ousamos sonhar com um mundo onde as pessoas possam viver como iguais, como irmãos. Todos nós que fazemos o Coral, a Diretoria do Sindicato, estamos muito gratos por tudo que foi feito, pelas doações, pela colaboração, essa é uma rede de solidariedade, porque sozinhos não fazemos nada, tudo é feito em colaboração com todos. Quero deixar aqui o nosso muito obrigado a todos vocês”, agradeceu a diretora do Sindicato, Ieda Marques.


A proposta do Sindicato, desde 2015, é formar uma rede de solidariedade entre bancários e bancárias, entidades parceiras e a comunidade cearense, exercendo o seu papel social para além das campanhas salariais da categoria. Este ano para fortalecer a nossa campanha, contamos com o apoio de: Fetamce; Sindjorce; Mova-se; Apeoc; Sintsef; AABB; Afabec; Associação dos Defensores Públicos, Associação dos Aposentados da Caixa Econômica, Associação de Aposentados dos Funcionários Públicos Federais e Associação dos Moradores do Bairro Ellery. Todas elas fizeram arrecadações junto aos seus filiados.


“Quero falar aqui da minha gratidão a todos que colaboraram. Esses quase dois mil quilos de alimentos só foram possíveis porque nós nos unimos. Mesmo nesse momento em que a gente em que o povo brasileiro está sendo assaltado pela mão perversa do capital, mesmo assim tiramos tempo dos nossos afazeres para nos preocuparmos com o outro. A lição que fica do nosso trabalho não é só a arrecadação, mas a força da solidariedade, o significado da união, quando o povo se junta, o povo realiza. Cada um com sua colaboração, isso nos traz algo que os olhos não veem, mas o coração precisa sentir”, afirmou a secretária de Igualdade e Diversidade do Sindicato, Rita Ferreira.


Emocionada, a diretora reforçou o pedido de solidariedade. “A fome para nós é apenas uma vontade de comer, para eles é uma dor que só passa quando alguém traz um pedaço de pão. Que bom seria que não existissem pessoas nessa situação. A Toca de Assis faz um trabalho sério, amoroso, nós acompanhamos a atuação deles e essa necessidade de ajuda é constante, quem puder continuar ajudando, a instituição agradece muito”.



Toca de Assis – “eles são como nós”


Conversamos com a Irmã Maria Celina, da Toca de Assis, que reforçou a importância dessas doações para a instituição e para as entidades parceiras que auxiliam na realização do trabalho com os moradores de rua. A entidade acolhe os mais idosos, procura famílias e encaminha a entidades de recuperação àqueles que procuram auxílio para deixar as drogas e para se ressocializar e sair das ruas.

Como é a atuação de vocês com os moradores de rua?

Nós temos uma casa de acolhimento que tem quatro mulheres, elas viviam na rua e nós acolhemos e assim, nós somos a família delas. Quando a gente tira uma pessoa da rua, nós assumimos toda a responsabilidade, de cuidados, de médico, de tudo aquilo que ela necessita. Num primeiro momento, nós procuramos a documentação, se tem família. E quando não tem família, nós tentamos conseguir benefício, normalmente são pessoas mais velhas, que já não estão tão dependentes assim dos vícios, que conseguem já viver conosco. Nós não somos uma casa de recuperação, nós acolhemos os mais idosos, que já estão mais debilitados, às vezes com problemas psicológicos. Além desse acolhimento, nós atendemos também pessoas na rua. Nós levamos comida toda terça-feira à noite, da Praça Murilo Borges, no Centro, lá fazemos um momento de evangelização e servimos quentinhas para mais ou menos 200 pessoas. Uma vez por mês, nós vamos durante o dia, na Praça dos Leões, para fazer o trabalho de higienização, fazer a barba, cortar o cabelo, levar alimentação. Nesse serviço, a gente não muda tudo, mas busca aliviar o sofrimento daquele que está na rua, de escutar, de saber o porquê que ele está ali, de aconselhar e também encaminhar para alguma recuperação. Nós temos parcerias com algumas entidades que fazem esse trabalho de comunidade terapêutica, de recuperação das drogas e, em alguns casos, a gente encaminha.

Qual a importância dessas doações para a Toca de Assis?


Essa campanha foi muito importante para nós porque vivemos de doações. Nós não temos convênio com a Prefeitura ou como Estado e todo o nosso sustento vem de benfeitores, pessoas que doam dinheiro, alimentos. Então, essa campanha vai ajudar a manter a nossa Casa, essa comida que levamos para os pobres, e também as instituições parceiras, nós também partilhamos o que recebemos com eles.

E quem quiser doar fora dessa campanha, como deve fazer?


Temos nossa Casa na Av. João Pessoa, 5052, telefone 85 3262 7456, tem também boleto bancário, depósito, podem ver tudo no nosso site (tocadeassis.org.br), ou no nosso facebook Toca de Assis Fortaleza, onde a pessoa pode conhecer mais sobre o nosso trabalho.

 


Por que nos engajamos nessa campanha?

“A Associação dos Defensores Públicos já participou de várias campanhas desse sentido, mas dessa vez vimos a oportunidade de ajudar ainda mais, unidos às demais associações. Esse trabalho é muito importante, não apenas no Natal, mas em todo o ano, porque são entidades que trabalham com moradores de rua, por exemplo, e que necessitam muito desse apoio para sobreviver e nós, como cidadãos, temos de fazer a nossa parte também para ajudar”

Ana Carolina Gondim, Associação dos Defensores Públicos


 


“Após o convite de participar de uma reunião do coletivo de mulheres da CUT, ficamos empolgadas com aquele momento e decidimos implementar o Coletivo de Mulheres do Sintsef. Nós apoiamos essa causa porque queremos somar. Temos essa parceria com o Sindicato dos Bancários, através da Secretaria de Igualdade e Diversidade, e para nós isso é um grande privilégio participar desse momento ímpar”

Conceição Araújo, Coletivo de Mulheres do Sintsef e representante da Associação de Aposentados dos Funcionários Públicos Federais



Source: Noticia58