Fenaban frustra bancários e não avança na proteção da categoria contra pandemia

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Na véspera de completar um ano da primeira reunião entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para debater ações que protejam a categoria bancária contra a pandemia do coronavírus, as partes voltaram a se reunir para discutir medidas contra o agravamento da situação. Neste período, 35 reuniões trataram do assunto, sendo 19 de forma específicas. Porém, o resultado da reunião do dia 11/3 não foi dos melhores.

A boa notícia ficou por conta do primeiro ponto abordado, a proposta de inclusão da categoria bancária como prioritária no Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19. A Fenaban concordou prontamente com a reivindicação dos trabalhadores e disse que irá intensificar os esforços do movimento sindical junto ao poder público. A Contraf também vai enviar carta ao Ministério da Saúde reivindicando a inclusão da categoria entre os setores profissionais prioritários para a vacinação, após os grupos de risco (profissionais da saúde e idosos).

“Os bancários são uma das categorias que não pararam de trabalhar em nenhum momento. Mantiveram, desde o início da pandemia, o atendimento à população. Por isso, devemos estar na lista de prioritários”, explicou Juvandia Moreira, coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Contraf-CUT.

 “A gente quer ter as proteções que tínhamos no ano passado. Tivemos uma fase com muitos problemas, muitas mortes e pedimos a suspensão das demissões. Agora, estamos em uma fase pior ainda. Precisamos ter mais rigor no cumprimento das medidas de proteção, a volta do teletrabalho, o fim das demissões e a redução do horário de atendimento e das metas. A gente está pedindo para que os bancários não fiquem tão expostos como estão agora”, disse Juvandia.

Nova reunião acontece na terça-feira, dia 16/3, às 13h.

 

Reivindicações

Visitas externas – Sobre a denúncia da pressão para que os bancários façam visitas externas, a Fenaban garantiu que vai orientar a todos os bancos que as reuniões presenciais de gerentes sejam exclusivas de casos emergenciais. Os representantes dos trabalhadores voltaram a cobrar a suspensão total. Os representantes dos bancos ficaram de retornar.

Diminuição dos horários das agências – Os bancos disseram que irão reduzir o horário de atendimento. Das 9h às 10h, atendimento exclusivo aos clientes do grupo de riscos, idosos e gestantes. Entre 10h e 15h, no máximo, atendimento aos demais clientes. Essas limitações de horário não valem para a Caixa, que irá iniciar o pagamento da nova fase do auxílio emergencial.

Teletrabalho – A Fenaban disse que 14 instituições financeiras já efetuaram o retorno dos trabalhadores do sistema presencial para o teletrabalho. Ficou de apurar ainda se outros bancários irão retornar a esta situação.

Pressão das metas – Outra reivindicação cobrada foi a redução das metas durante a pandemia.

Demissões – O Comando reivindicou que os bancos suspendessem as demissões nesse pior momento da pandemia. Sobre essa questão, ficou acertada uma nova reunião para a próxima terça-feira (16/3), às 13h.

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