Depois da pressão dos participantes, a Funcef anunciou, dia 22/1, a prorrogação do convênio com o INSS até junho deste ano. A notícia positiva veio depois de mais de 40 dias de silêncio da diretoria, inclusive dos eleitos. A solução é apenas paliativa e não resolve a questão. Os participantes continuam exigindo a manutenção integral do convênio.
Apesar do alívio temporário, os problemas não acabam por aí. Os participantes aguardam posicionamento da Funcef sobre a diminuição da margem consignável, que com o fim do convênio só considera o percentual sobre o benefício pago pela fundação. Diante do cenário de endividamento dos aposentados, a diminuição significa maior restrição de crédito para milhares de pessoas. Com o fim do convênio, a Funcef prontamente anunciou mudança do cálculo do CredPlan, restringindo ainda mais o participante.
“Não adianta manter temporariamente o convênio e não buscar soluções efetivas para a situação dos participantes”, cobrou Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura e representante da Contraf-CUT nas negociações com o banco.
O convênio é bom para todas as partes. O INSS terceiriza o trabalho para os fundos, o participante recebe o benefício junto com o da Funcef e a fundação tem ganhos atuariais com a troca de informações com a autarquia.
Entenda o fim do convênio: A Funcef comunicou no início do mês de dezembro de 2019, o cancelamento do convênio CAIXA/INSS/FUNCEF. Com a mudança, os benefícios concedidos a partir de 1º de janeiro seriam pagos diretamente pelo banco e para os já aposentados a mudança aconteceria no mês de março trazendo muitos prejuízos para os participantes. Previ e Petros, que desde a notificação do INSS buscaram saídas para reverter a situação, já conseguiram prorrogação. Já a Funcef, que só tomou qualquer atitude quarenta dias após o anúncio, aguardava uma notícia positiva.