Funcionários do BB querem saúde e manutenção de direitos no teletrabalho

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A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu, por videoconferência, com os representantes do banco nos dias 5 e 7/8 para tratar sobre as reivindicações específicas sobre trabalho em home office e sobre emprego.

Referente ao home office, a representação dos funcionários do BB cobra que o banco arque com os custos do home office, sejam eles de material de escritório, equipamentos, energia elétrica, banda larga e pacote de dados, além de um auxílio home office de valor fixo. Em caso de concessão de equipamentos e infraestrutura, que estes sejam adequados aos trabalhadores e estejam em conformidade com as normas de saúde e segurança. A minuta de reivindicações também estabelece a criação de um grupo de trabalho bipartite para análise do trabalho home office, visando a melhoria das suas condições. O Banco do Brasil vai analisar as reivindicações dos trabalhadores. O tema voltará a ser debatido durante o decorrer da campanha, também na mesa única com a Fenaban.

Quanto ao emprego, cuja negociação aconteceu dia 7/8, houve avanços no sentido de renovação de algumas cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) em vigência, mas os trabalhadores cobraram o fim da redução do quadro de pessoal e a contratação de funcionários concursados. O fechamento de agências é outro ponto que contribui para a precarização do atendimento aos clientes. A representação dos funcionários também levantou a preocupação sobre uma ação do Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre as carreiras técnicas do BB, como engenheiros e profissionais de Tecnologia da Informação. O banco efetua a contratação de todos os funcionários como escriturários e promove ascensão na carreira por meio de seleção interna.

O banco também vai renovar a mesa para tratar do trabalho home office e aceitou incluir nesta mesma mesa os escritórios digitais. Também há intenção de renovação da cláusula de negociação permanente. Os trabalhadores também apresentaram reivindicações específicas em relação ao Performa, ao GDP e a continuidade da contagem do tempo para questão de mérito, mesmo quando o trabalhador está em licença acidente de trabalho. Também cobraram a constituição de uma mesa específica para tratar dos funcionários com deficiência. Os trabalhadores também solicitaram e o banco acatou o pedido para realização de uma mesa específica para tratar de assuntos relacionados à Covid-19.

As próximas mesas de negociação serão sobre saúde e outra sobre Igualdade e cláusulas sociais, ainda sem datas definidas.

Lucro

O lucro líquido ajustado do Banco do Brasil no 1º semestre foi de R$ 6,7 bilhões, com queda de 22,7% em relação ao mesmo período de 2019, segundo análise do Dieese. No trimestre, o lucro foi de R$ 3,3 bilhões, com redução de 2,5% em relação ao 1º trimestre do ano. Ao final de junho, o BB contava com 92.474 funcionários, com fechamento de 3.694 postos de trabalho em 12 meses, sendo 283 no 2º trimestre de 2020. Foram fechadas 344 agências e 17 postos de atendimento bancário, desde junho de 2019, sendo uma agência e 28 postos de atendimento fechados no trimestre. As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias caíram 1,4% em um ano, alcançando R$ 14 bilhões, enquanto, as despesas com pessoal, incluindo o pagamento da PLR, caíram 0,8% no mesmo período, totalizando R$ 10,8 bilhões. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 130,46% no semestre de 2020.

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