GREVE GERAL DA EDUCAÇÃO: Trabalhadores da Educação vão parar no dia 15/5 contra reforma e cortes de verbas

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Os trabalhadores da educação básica e superior, pública e privada, das cinco regiões do país, vão cruzar os braços no próximo dia 15 de maio, contra a reforma da Previdência e o corte de verbas para a educação, anunciado pelo ministro Abraham Weintraub. O anúncio do corte de verbas aumentou o apoio à greve nacional da categoria, convocada no início de abril pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) para defender a aposentadoria e o ensino público e funcionar como um esquenta para a greve geral da classe trabalhadora no dia 14 de junho.  Em Fortaleza, o ato está marcado para às 8h, na Praça da Bandeira.


A adesão à greve nacional da educação, que já era considerável em todo o país, cresceu ainda mais depois que o governo anunciou o corte de investimentos na área e está atraindo o apoio de pais, mães e alunos preocupados com os rumos do ensino público no Brasil.


A proposta da reforma da Previdência também prejudica imensamente os profissionais da educação. As professoras que ingressaram na carreira até 2003 vão ter que trabalhar 10 anos a mais e as que ingressaram depois de 2004 serão de trabalhar 15 anos a mais para receber benefícios menores. Os trabalhadores se questionam como, numa ocupação tão penosa, vão conseguir trabalhar até os 65 anos para se aposentar. Sem falar que, aqueles que pertencem à rede privada, terão muita dificuldade de ter acesso ao benefício.


Segundo dados levantados pela Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados, o congelamento de recursos do Ministério da Educação e Cultura (MEC) compromete R$ 2,1 bilhões nas universidades e R$ 860,4 milhões dos Institutos Federais. Mesmo a educação básica, apontada como prioridade por Bolsonaro durante a campanha eleitoral, sofreu um corte de R$ 914 milhões.


Estes cortes estão prejudicando a merenda e o transporte escolar das crianças da educação básica, além, claro, de prejudicar toda educação pública, cortando recursos de manutenção e de pesquisa. O governo faz um corte que vai acabar com os Institutos e Universidades Federais e a demanda vai para o setor privado e quem preside a Associação Nacional das Universidades particulares do Brasil é Margareth Guedes, irmã de Paulo Guedes, ministro da Economia.


CONFIRME SUA PRESENÇA NO LINK: http://bit.ly/2JuHbmZ.


Nota das centrais contra o corte de verbas para educação


A CUT e demais centrais sindicais, reunidas na última segunda-feira (6), produziram uma nota repudiando o corte de verbas anunciado pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, e declararam-se absolutamente contrárias a medida. As entidades também declararam apoio à Nacional da Educação, convocada para o próximo dia 15 de maio.

Leia a nota completa:


NOTA DAS CENTRAIS SINDICAIS CONTRA OS CORTES NAS VERBAS DA EDUCAÇÃO


Reunidas no dia 6 de maio de 2019, as Centrais Sindicais CUT, Força Sindical, CTB, UGT, CSB,

CSP-Conlutas, CGTB, NCST, Intersindical declaram-se absolutamente contrárias aos cortes de mais de 30% de verbas na educação superior, ensino técnico e ensino básico, anunciados pelo MEC.


Frente às medidas de cortes contra a educação, os estudantes, docentes, professoras e professores do ensino básico, técnico e universitário, juntamente com servidores e técnicos administrativos iniciaram inúmeras mobilizações pelo país como, por exemplo, no Colégio Pedro II –RJ, na UFPR (Universidade Federal do Paraná), UFBA (Universidade Federal da Bahia), entre outras instituições de ensino. As Centrais Sindicais declaram total apoio a essas manifestações.


As Centrais Sindicais aproveitam o ensejo para reafirmar seu compromisso e apoio ativo à Greve Nacional da Educação, convocada para o próximo dia 15 de maio.


Vamos juntos à Greve Geral dia 14 de junho de 2019, em defesa de nossa aposentadoria. Basta de desemprego!