O Itaú Unibanco segue desrespeitando seus trabalhadores quando o assunto é atestado médico. O banco continua exigindo que os bancários com problemas de saúde entreguem os papéis para seus gestores, atrasando o agendamento de perícias junto ao INSS e expondo dados sigilosos de saúde dos trabalhadores.
A discussão sobre o tema com o Itaú já é antiga. Há três problemas graves: a quebra de sigilo médico; o envolvimento do gestor em funções que não lhe competem, como a burocracia médica; e, por fim, a falta de um setor adequado oferecido pelo banco para entrega de atestados e pedidos de afastamento.
A representação dos trabalhadores destaca que não é justo que um banco que diz em sua publicidade que tem tecnologia de ponta não crie formas de desburocratizar encaminhamentos como este, facilitando a vida do trabalhador, garantindo seu sigilo e ainda tirando do gestor uma responsabilidade que não é sua.
O Sindicato entende que é necessária a criação de uma área específica para cuidar do recebimento e encaminhamento dos atestados e pedidos de afastamento, respeitando o médico assistente do bancário.
“Não cabe ao banco fazer qualquer tipo de validação de atestados, porque o médico do trabalho tem o papel de identificar as causas de adoecimento dentro do banco, e não de averiguar atestados. A ação do Itaú deveria ser no sentido de minimizar os índices alarmantes de bancários com problemas de saúde gerados por metas abusivas e assédio moral existentes hoje nas agências”
Francileuda Nascimento, diretora do Sindicato e funcionária do Itaú