Itaú, Bradesco e Santander lucram R$ 68 bi, fecham 575 agências e demitem 7 mil

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Os três maiores bancos privados do país, Itaú, Bradesco e Santander, lucraram juntos R$ 68,8 bilhões ao longo de 2019 – um crescimento de 15% comparado aos R$ 59,69 bi em 2018 – mas fecharam as portas de 575 agências no ano passado, totalizando uma rede física com menos de dez mil pontos. Com o crescimento das operações digitais, o quadro de colaboradores também se reduziu, com Itaú Unibanco, Bradesco e Santander enxugando seus quadros em 6.923 mil pessoas, cujas saídas foram motivadas, principalmente, por programas de demissão voluntária (PDVs).

Os ganhos dos grandes bancos têm sido impactados pelo aumento do número de players no setor com a multiplicação das fintechs e ainda mudanças regulatórias como a do cheque especial, que limitou os juros mensais em 8% desde o mês passado. Os bancos privados também aproveitaram para reforçar suas provisões para devedores duvidosos (PDD’s), que passou de 15% para 20% após reforma da Previdência.

O Itaú Unibanco, que divulgou dia 10/2 seu balanço, apresentando um lucro líquido recorrente de R$ 28,363 bilhões em 2019, com crescimento de 10,2% em relação ao ano de 2018. Entretanto, fechou 200 agências no 4º trimestre. No ano, foram encerradas 436 unidades, empurrando a rede física para 4.504 mil pontos, considerando Brasil e América Latina. A quantidade de agências diminuiu em 372 unidades, para 3.158 mil. O Itaú desligou ainda 5.454 pessoas no ano passado, fazendo com que seu quadro caísse de mais de 100 mil funcionários para menos de 95 mil, como reflexo de um novo programa de PDV.

O Bradesco seguiu na mesma direção. O banco divulgou lucro de R$ 25,887 bilhões em 2019, um aumento de 20% em relação aos R$ 21,564 bilhões apurados no exercício de 2018. Mesmo assim, reduziu sua estrutura e seus quadros. Com uma rede de 4.478 mil agências, o banco enxugou sua rede em mais de 100 pontos em 2019, sendo que a maioria fechou as portas no último trimestre. A meta do Bradesco para 2020 é fechar mais 300 agências em 2020. O banco reduziu seu quadro em 1.276 mil pessoas também com um processo de demissão voluntária, que fez o quadro baixar para 97.329 funcionários.

O Santander Brasil obteve um Lucro Líquido Gerencial de R$ 14,550 bilhões em 2019, crescimento de 17,4%, em relação a 2018 e abriu 45 agências no ano passado. Mas, embora não tenha anunciado uma iniciativa de PDV, também enxugou seus quadros desligando 193 funcionários no ano.

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