Itaú: Funcionários cobram mais contratações e fim da rotatividade

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A Contraf-CUT e a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú cobraram a redução da rotatividade de trabalhadores no banco (turnover), durante reunião entre a COE do Itaú e o banco, realizada na quarta-feira (20/3), na sede da Contraf-CUT, em São Paulo. Na ocasião, o banco apresentou os números de admissões e demissões ocorridas em 2018.

Segundo os dados do banco, o turnover em 2018 foi de 10% (8.618 funcionários). Os dados mostram ainda que foram contratados 9.870 novos funcionários e demitidos 8.618, gerando um saldo de 1.252 postos de trabalho a mais no quadro de pessoal.

Redução das agências – Os representantes dos trabalhadores também cobraram a criação centro de realocação e qualificação, uma conquista da Campanha Nacional de 2016. Esta é uma discussão que foi transferida para as comissões de empresas. A ideia é que o banco, antes de demitir seus funcionários, busque requalificá-los e os realoque em outras áreas onde tenham vagas. Assim conseguiremos reduzir o número de demissões e o turnover que deixam os funcionários apreensivos com o medo do desemprego.

As contratações são direcionadas para pessoas mais jovens e com conhecimentos na área de tecnologia da informação. Já as demissões são de caixas, gerentes e demais cargos da área operacional das agências. O banco nega que seja uma orientação a demissão de pessoas com mais tempo de casa. Muitas demissões atingem pessoas que estão prestes a adquirir a pré-estabilidade para a aposentadoria a que a categoria tem direito.

Os itens “e” e “f” da cláusula 27 da CCT da categoria garante a estabilidade de “pré-aposentadoria” de 12 meses antes de se completar o tempo para a aposentadoria aos empregados com, no mínimo, cinco anos de vínculo empregatício com o banco. Para os empregados com 28 anos de vínculo empregatício com o banco a estabilidade aumenta para os 24 meses anteriores ao tempo de se completar a aposentadoria pela Previdência Social.

A COE e a Contraf-CUT vão elaborar uma proposta para enviar ao banco sobre a questão do emprego, da remuneração, incluindo os programas próprios. A proposta também tratará sobre a retomada das reuniões do GT de Saúde e de questões envolvendo o convênio médico.


“O banco nos apresentou um saldo positivo de postos de trabalho, mas o turnover ainda permanece alto. Cobramos mais contratações em vez de rotatividade. Eles estão aperfeiçoando os processos digitais, em preparação para a ampliação das agências digitais e as demissões têm ocorrido entre os funcionários com mais tempo de banco”
Ribamar Pacheco, diretor do Sindicato e representante do Nordeste na COE Itaú


 

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