Itaú: Funcionários discutem emprego e remuneração com a direção do banco

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“Desde o início da divulgação do fechamento das agências, a nossa preocupação tem sido com a garantia do emprego dos funcionários atingidos. Os números mostram que nosso acompanhamento deu resultado, mas continuaremos vigilantes. Lembramos que toda e qualquer irregularidade deve ser denunciada ao Sindicato para tomarmos as providências”
Ribamar Pacheco, diretor do Sindicato e representante da Fetrafi/NE na COE Itaú


Emprego, remuneração e gestão de pessoas foram os principais pontos da pauta da reunião da COE do Itaú com a direção do banco, na quarta-feira (28/8), em São Paulo. Foram apresentados os números do processo de fechamento de agências do primeiro semestre. Ao todo, 214 unidades foram encerradas, envolvendo 4.226 funcionários. Desses, 94% foram realocados. Dentro dessas, 16 agências foram do Itaú Personnalité.

Remuneração – Os representantes dos trabalhadores cobraram ainda a abertura de negociação sobre os programas Ação Gerencial Itaú para Resultado (Agir) e o Score de Qualidade de Venda (SQV). O Itaú-Unibanco foi um dos pioneiros na utilização de ferramentas de Gestão Organizacional fundamentadas em avaliações por resultados e qualidade.

O Agir é a maior ferramenta desse tipo dentro da instituição. Porém, só voltada para as agências de varejo. Mais recentemente, o banco lançou um Programa de Qualidade Total denominado SQV, que serve, segundo a empresa, para avaliar o comportamento das vendas realizadas pelos bancários, o que gera penalidades aos trabalhadores. Só que, assim como o Agir, o SQV foi implementado sem participação alguma dos trabalhadores, o que faz com que esses programas entrem em conflito com o trabalho real; ou seja, o dia a dia dos funcionários.

Na próxima reunião, que será realizada no dia 18/9, será entregue uma pauta sobre os programas. As reivindicações serão baseadas em pesquisa realizada com os trabalhadores sobre eles e estudo feito pelo Dieese. Os funcionários só são contemplados nesses programas quando eles e a agência atingem a pontuação máxima. O que a representação dos funcionários quer é criar uma fórmula de reconhecimento para os demais trabalhadores com bom desempenho.  Ainda para a próxima reunião, o banco se comprometeu a dar explicações sobre o programa “Vai que dá”, lançado recentemente.

Gestão – A COE Itaú entregou para a direção do banco denúncias de humilhações que estão ocorrendo no momento de demissão e de transferências de funcionários para agências a mais de 20 km da última. A Comissão acredita que, nesses casos, o problema tem sido de gestão, tanto na condução da demissão, como na escolha de uma agência muito longe.

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