Itaú: Reestruturação organizacional afeta bancários

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A fim de reduzir custos com pessoal, o Itaú está passando por um processo de reestruturação que está resultando em muitos problemas e adoecimentos entre os bancários da maior instituição privada do país. Áreas vinculadas a processos estão sendo terceirizadas. Com essa medida, muitos desses trabalhadores que foram contratados como terceirizados não têm pleno domínio das funções, o que está gerando sobrecarga nos bancários.

Nas áreas de tecnologia, o banco efetuou a contratação massiva de prestadores de serviço como pessoas jurídicas, que na sua grande maioria não possuem as mesmas conquistas da categoria bancária.

Os trabalhadores que adoecem e se afastam do trabalho têm de cumprir jornada reduzida. Muitos deles estão enfrentando problemas, principalmente com os seus gestores, que muitas vezes acabam por deixá-los sem função e ignorados. Contribui para esse cenário o Programa de Retorno ao Trabalho do Itaú, que não tem regras claras.

Com o processo de diminuição do quadro de funcionários por meio da automação, terceirização e pejotização de áreas inteiras, os bancários têm de se virar para procurar vaga em outro setor, nos processos seletivos internos, em um prazo máximo de 45 dias. Do contrário, serão demitidos. Os bancários são verdadeiros andarilhos implorando aos gestores para que concedam uma vaga. E se não conseguirem, é demissão. Maior banco privado do país, o Itaú acaba dando o tom para os outros bancos, o que gera ainda mais preocupação.


“Em diversas áreas, empregados com deficiência foram demitidos e o banco não recontratou para a mesma função trabalhadores com deficiência como exige a lei. A fiscalizou diminuiu com o fim do Ministério do Trabalho e tem quem se aproveite dessa falta de controle”
Ribamar Pacheco, diretor do SEEB/CE e representante da Fetrafi/NE na COE Itaú


 

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