Ministro da Saúde recebeu pedido de prioridade de vacinação para bancários

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, recebeu, dia 11/6, o ofício da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) com a solicitação de inclusão da categoria bancária no Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19 e as informações e dados complementares que mostram tal necessidade pelas mãos das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira e Ivone Silva, presidentas da Contraf-CUT e do Sindicato dos Bancários de São Paulo Osasco e Região, respectivamente.

“Apresentamos os argumentos e trouxemos, inclusive, um parecer médico acerca das características do trabalho bancário na agência, que é um ambiente de trabalho fechado, sem ventilação natural, por não haver possibilidade de as portas permanecerem abertas por conta da segurança. Apresentamos também os dados que mostram o aumento de 176% dos desligamentos por morte na categoria. Além disso, explicamos a situação do contágio dos funcionários e clientes, que as agências se transformaram em um vetor risco para as milhões de pessoas que precisam ser atendidas por este serviço essencial para a população e que, por isso, em nenhum momento pôde permanecer fechado durante a pandemia”, explicou a presidenta da Contraf-CUT.

O ministro recebeu o pedido e vai encaminhá-lo para equipe técnica que estuda o PNI. “Ele disse que a decisão não é individual dele, mas desta equipe”, informou a presidenta da Contraf-CUT.

A atividade bancária é considerada essencial nos termos do Decreto n° 10.282 de 20 de março de 2020, alterado pelo Decreto n° 10.329 de 28 de abril de 2020, que regulamenta a Lei n° 13.979 de 6 de fevereiro de 2020.

O documento entregue ao ministro ressalta que a “concentração de clientes e usuários nos ambientes internos e externos das agências bancárias tem crescido, com ênfase pela busca dos serviços por parte de pensionistas e aposentados da previdência social, que têm necessidade de apoio com atendimento presencial, daqueles que buscam os bancos para renegociações de dívidas ou para inscrição em programas de apoio às empresas e, majoritariamente aos mais de 67 milhões de beneficiados pelo recebimento das parcelas do Auxílio Emergencial.

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) compilados pelo Dieese, mostram que a categoria bancária registrou um crescente número de encerramento de contratos de trabalho por morte, seguindo uma tendência similar aos casos de óbitos desde o início da pandemia do novo coronavírus. No primeiro trimestre de 2020 o impacto da pandemia do novo coronavírus foi quase nulo, com uma média mensal de óbitos de 18,33 vidas. Já no mesmo período deste ano (2021), com o agravamento da pandemia no país, a média mensal de óbitos se elevou para 52 vidas, com crescimento de 176,4%.

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