Outros Toques

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Outros Toques

Criminalizar movimentos sociais

Sete relatores da ONU enviaram ao governo brasileiro este mês carta confidencial na qual manifestam preocupação com projetos de lei que parlamentares bolsonaristas tentam aprovar no Congresso. Em dois projetos (272/2016 e 1595/2019), os parlamentares tentam silenciar a oposição, criminalizar movimentos sociais e greves, além de restringir liberdades fundamentais. A proposta do governo e seus aliados é alterar a lei antiterrorista, limitando o direito ao protesto, além de permitir a infiltração de agentes públicos em movimentos e autorizar operações sigilosas. A proposta é ampliar o conceito de terrorismo, de modo a incluir na tipificação mobilizações populares e manifestações de críticas ao governo. Os relatores alertam que as mudanças propostas pelos bolsonaristas na legislação podem criminalizar manifestações públicas organizadas como protestos e greves.

Super pedido de impeachment

Partidos, como PT, PSOL, PC do B, parlamentares de esquerda, centro, direita, entidades sindicais como a CUT, movimentos populares como o MST, Central dos Movimentos Populares (CPM) e União Nacional dos Estudantes (UNE) e pessoas físicas decidiram apresentar o superpedido de impeachment de Bolsonaro à Câmara dos Deputados no próximo dia 30/6, às 14h. A peça inclui o conjunto de crimes cometidos pelo atual presidente desde que tomou posse em 2019, a maioria deles durante a pandemia, que resultaram na morte de mais de 500 mil brasileiros.

Desigualdade aumenta

A fatia que corresponde a 1% da população mais rica do Brasil detém quase a metade da riqueza nacional (49,6%), aponta o relatório da Riqueza Global, publicado anualmente pelo banco Credit Suisse. De acordo com a análise, entre dez países selecionados, o Brasil só fica atrás da Rússia na comparação dos ganhos do topo da pirâmide em relação ao restante da população. Na comparação com o ano passado, o Brasil teve uma piora neste índice de desigualdade, com o crescimento 2,7 pontos percentuais.

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