Santander: Reunião do Comitê de Relações Trabalhista termina sem avanços

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O Comitê de Relações Trabalhistas do Santander (CRT) se reuniu dia 29/1 para discutir sobre os aumentos abusivos nos planos de saúde, a unificação nos cargos e os novos modelos de agência. O CRT é uma conquista dos trabalhadores, definido na cláusula 34ª do acordo coletivo do Santander aditivo à CCT e é formado por representantes dos empregados, membros da COE e representantes do Santander, que se reúnem a cada dois meses.

Planos de saúde – Desde a última reunião, realizada em 13/12/2018, foram apontadas diversas dificuldades que os trabalhadores têm passado por conta dos aumentos exorbitantes em seus planos de saúde. Nesta reunião, o banco apresentou inúmeros argumentos comparativos com os reajustes de outros planos do mercado e afirmou que os ajustes aplicados estão em conformidade com a inflação médica.

Mesmo com as conquistas do aumento real dos salários nos últimos anos, pelos trabalhadores, o valor do reajuste dos planos se torna maior. O banco informou que não há a mínima expectativa neste momento de discutir o modelo dos planos de saúde.

Modelo de atendimento – Foi tratada também a questão do novo modelo de atendimento que o banco pretende implementar ainda neste 1º trimestre. A intenção do banco é criar um cargo único chamado Gerente de Negócios e Serviços para as atuais funções de caixa, agente comercial, coordenador e gerente de pessoa física. Com isso, pretende-se que o mesmo funcionário atenda o cliente do início ao fim. Na reunião ficou claro que o banco ainda não tem a definição completa do modelo e isso tem gerado caos e pânico nas agências, pois há diferentes níveis salariais e cargos comissionados além do fato de que alguns gestores estão dizendo que todo funcionário terá que ter certificação AMBIMA.

A Contraf-CUT orienta os trabalhadores a denunciarem aos seus sindicatos quaisquer tipos de pressão para a certificação AMBIMA, pois não é necessário que o trabalhador tenha certificação já neste momento de transição. O funcionário poderá ser certificado no prazo de até um ano após a implantação do novo modelo de atendimento. Essa alteração no modelo de atendimento atingirá cerca de 13 mil funcionários.

O banco informou que os funcionários manterão as suas atuais gratificações e/ou comissões e também sua carga horária, isto é, todos terão seu cargo mudado para gerente de negócios e serviços, porém, não mudarão a sua carga horária atual. Mas, que a remuneração variável deverá sofrer alterações sem dar maiores detalhes.


“Esperamos que os representantes do banco mantenham a palavra e não façam alterações prejudiciais nas gratificações, na carga horária e principalmente que esse novo modelo de atendimento não traga demissões. A Comissão de Organizações dos Empregados (COE) saiu frustrada com o banco e aguarda propostas mais positivas na próxima reunião, previamente agendada para o dia 13/2”
Eugênio Silva, diretor do Sindicato e funcionário do Santander


 

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