VACINAÇÃO: NOSSA LUTA É POR IMUNIZAÇÃO COLETIVA E VACINA PARA TODOS!

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O ano de 2021 já iniciou com vários desafios e o principal dele, como em 2020, é o combate à Covid-19. A pauta do dia é o plano de vacinação onde, mais uma vez, o governo Bolsonaro parece estar perdido. Sem qualquer previsão de quando se inicia ou como será executado, o Brasil ficou para trás na corrida pela imunização, enquanto mais de 50 países, inclusive da América Latina, já iniciaram o processo.

Desde o início da pandemia, a condução da Saúde no governo Bolsonaro tem sido desastrosa. Sem programa e perspectivas estruturadas para uma vacinação estratégica da população, a rede privada de saúde passou a flertar com uma possível oferta de vacina paga pelo paciente, fora do Programa Nacional de Imunização do SUS. Mas as críticas são muitas: desde questões sociais a até científicas, afinal a vacinação só será eficaz se o maior número possível de pessoas for imunizada. Não adianta uns pouco abonados tomarem a vacina e a maioria da população, que só tem como opção esperar pelo SUS, não. Vacinação é uma estratégia coletiva, não uma decisão individual. Vacina não é remédio. Se você se vacinar e todo o seu entorno não, o vírus pode fazer uma mutação e sua vacina não servir de nada. Por isso, a OMS trabalha para que todos os países vacinem suas populações, porque se em algum lugar isso não ocorrer, todo o esforço poderá ser perdido. A vacinação seletiva não é a solução.

Além disso, numa sociedade como a nossa, marcada por gigantescas desigualdades sociais, é moralmente inaceitável que a capacidade de pagar seja critério para acesso preferencial à vacinação contra a Covid-19. É inadmissível permitir que pessoas com dinheiro pulem a fila de vacinação por meio da compra de vacinas em clínicas privadas. Por sua vez, Bolsonaro segue atacando vacinas, mantendo seu negacionismo a respeito do vírus, e ainda suspende a compra de seringas alegando que o preço atual está muito alto. Dessa forma, a deliberada incompetência desse governo vai criando um verdadeiro mercado da morte do qual quem pode pagar tem a chance de escapar e onde quem não tem dinheiro pode vir a ser condenado. Num momento da necessidade de fortalecimento do SUS, que tem competência para promover essa imunização coletiva, o governo Bolsonaro patina, fortalecendo mais uma vez o setor privado.

Enquanto isso, nós bancários também estamos encampando nossa luta para sermos incluídos como categoria prioritária para receber a vacina, logo que alguma esteja disponível no Brasil. Estivemos, desde o início da pandemia, na linha de frente no atendimento à população, trabalhando, da melhor forma possível, para viabilizar as políticas públicas e girar a economia num dos momentos mais críticos da humanidade. Adotamos medidas protetivas, mas seguimos atendendo, adoecendo e vidas também foram perdidas nesse processo, mesmo com todo o processo de negociação para proteger a categoria. Merecemos e precisamos ser tratados como categoria prioritária já que fomos inseridos como trabalhadores de serviços essenciais durante a pandemia.

Enfatizamos também, mais uma vez, que defendemos o SUS e a imunização coletiva para toda a população. A abertura da vacinação para clínicas privadas pode impactar negativamente o controle da pandemia, aumentar as desigualdades sociais na saúde e os riscos relativos ao prolongamento da circulação do vírus na nossa população. Queremos um plano nacional de vacinação efetivo e urgente, com a categoria bancária sendo uma das prioritárias nesse processo. Lutamos pela garantia de que todos os trabalhadores de serviços essenciais possam trabalhar com segurança para si e para quem atendem. Vacina para todos. Estamos #nalutacomvocê.

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