Artigo: Defender o BNB é defender o povo nordestino

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Carlos Eduardo, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará

Num ano marcado por muitos desafios e bandeiras de luta para a classe trabalhadora, uma em especial tem tomado conta da agenda nordestina nos últimos dias: a defesa do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). O Sindicato dos Bancários do Ceará está em campo para defender o BNB da sanha privatista do governo federal. A entidade vem mobilizando toda a sociedade civil organizada em defesa daquele que é o maior agente de desenvolvimento da nossa região.

Nosso objetivo é articular com partidos políticos e movimentos populares a construção de uma Frente Nacional em Defesa do BNB, com a participação de todos. Para diversos especialistas econômicos, e também no nosso entendimento, a possibilidade de incorporação do BNB ao BNDES traria enormes prejuízos à região Nordeste, visto que até mesmo a área de atuação dos dois bancos terem características muito diferentes: o BNDES atua no atacado e mais voltado para projetos de infraestrutura, enquanto o BNB atua diretamente no varejo incentivando o desenvolvimento da região através, em sua maioria, dos micro, pequenos e médios empresários e produtores.

O BNB é o maior agente de crédito rural do Brasil no Nordeste. Somente de janeiro a novembro de 2018, o Banco aplicou no setor o montante de R$ 25,7 bilhões. O agronegócio da região movimenta comércios locais nas zonas rurais e a extinção ou fusão do BNB com outro banco colocaria em risco o sustento de milhares famílias nordestinas.

Além disso, o Banco, que tem hoje cerca de 7 mil funcionários, atende a 4 milhões de clientes ativos, dos quais mais de 160 mil foram incorporados à sua base de atendimento somente nos últimos dois anos. Como maior banco de desenvolvimento regional da América Latina, contratou durante o exercício de 2018 quase 5 milhões de operações no total de R$ 43,5 bilhões destinados aos setores do comércio, serviço, agropecuária, indústria e infraestrutura, com destaque para o financiamento à agricultura familiar e ao microcrédito.

Além disso, com os recursos do Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Nordeste (FNE), do qual é gestor, o BNB investiu R$ 32,6 bilhões apenas em 2018, promovendo geração de emprego e crescimento dos municípios.

Em 2018, o BNB teve um lucro líquido de R$ 725,5 milhões, 1,3% maior do que o lucro líquido de 2017. Os ativos cresceram 8%, chegando a R$ 58,6 bilhões, nos quais se incluem recursos disponíveis do FNE. O patrimônio líquido atingiu R$ 4,2 bilhões, com alta de 11,5%. Foram abertos 80 novos postos de trabalho, encerrando dezembro com 7.005 funcionários. O número de agências permaneceu o mesmo (292), porém, foram abertas 214 novas unidades de microcrédito. Esses números só ressaltam a forte atuação do Banco no âmbito social e no desenvolvimento da região, destacando sua importância fundamental para a população nordestina.

 Defender o BNB é defender a nossa economia, o nosso povo, a nossa região.
Junte-se a nós nessa luta!

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