Bancários do Itaú protestam contra demissões e fechamento de agências em pleno Natal

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O Sindicato dos Bancários do Ceará realizou uma manifestação, no dia 15/12, na agência do Itaú na Rua Major Facundo, no Centro de Fortaleza, para denunciar à sociedade as demissões em período natalino, fechamento de agências, pressão por metas e assédio moral.

Enquanto isso, nos comerciais de TV, o banco mostra um banco de contos de fadas. Porém, a situação verdadeira é bem diferente, com o Itaú esbanjando desrespeito com seus funcionários e falta de compromisso social com o país.

Como se não bastassem as metas abusivas, a pressão que resulta em adoecimentos, o banco vem “presenteando” neste fim de ano os seus funcionários com ameaças, demissões e fechamento de agências, mesmo com o país enfrentando uma pandemia e índices de desemprego crescentes. O Sindicato recebeu a informação que, nos próximos dias, a agência da Rua Barão do Rio Branco, também no Centro, terá suas atividades encerradas.

Um banco que lucrou quase R$ 20 bilhões entre janeiro e setembro e 2021 – alta de 50% em relação ao mesmo período do ano passado, e durante uma das mais graves crises sanitária e social da história do país – não tem justificativa alguma para demitir seus funcionários e fechar agências. Isto mostra a falta de responsabilidade social com o Brasil.

As metas só aumentam, e os bancários se desdobram cada vez mais para cumpri-las. Muitos chegam a se afastar do trabalho por problemas psiquiátricos. E, mesmo assim, recebem como prêmio sua demissão. O Programa Gera, lançado nas agências, foi apresentado como uma melhoria para os funcionários, mas os problemas só aumentaram e fizeram da vida do trabalhador um verdadeiro inferno, com metas inatingíveis.

As negociações com o banco estão de mal a pior. Representantes da Área de Relações Sindicais do Itaú falam uma coisa para os representantes do Sindicato mas, na prática, acontece outra. A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú já propôs ao banco a criação de um Centro de Realocação para que esses trabalhadores possam continuar empregados. Porém, o banco prefere desligá-los, e assim contribuir com a crise que o país enfrenta, aumentando o contingente de mais de 13 milhões de desempregados.

A manifestação no Centro de Fortaleza fez parte de um Dia Nacional de Luta dos Bancários do Itaú: em defesa do emprego, por mais respeito, pelo fim das metas abusivas, pelo não fechamento de agências, contra a terceirização, por mais saúde e condições de trabalho.

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