Os 159 delegados e delegadas participantes do Encontro Nacional dos Trabalhadores do Itaú, realizado virtualmente dia 5/8, definiram sua pauta de reivindicações específica. Segundo o coordenador da COE Itaú, Jair Alves, a representação dos funcionários esperam a retomada das negociações com o banco para tratar de cada ponto debatido durante o Encontro.
Saúde do trabalhador
O tema de saúde sempre foi muito importante para o movimento sindical bancário. Com a pandemia, ganhou ainda mais importância. A vacinação começou, mas está longe de ser o ideal. É preciso continuar na luta pelo real cumprimento dos protocolos de saúde e segurança negociados com a Fenaban no começo da pandemia e na luta pela vacinação de todos os bancários e por melhores condições de trabalho. Um tema que merece a atenção da representação dos funcionários é a possível pressão pela volta dos bancários ao trabalho presencial. O acordo com a Fenaban prevê que não haverá volta sem negociar os critérios, com um protocolo único mínimo de procedimento.
Emprego
Os delegados debateram os números apresentados pela economista do Dieese, Cátia Uehara. A COE Itaú defende que é preciso abrir negociações sobre as metas e sobre os programas de remuneração, que muitas vezes são usados como justificativas para as demissões.
Remuneração
Os delegados mostraram que instabilidade e medo de demissões são os resultados da implementação do GERA, programa de remuneração variável criado para substituir o AGIR. Desde o início da mudança do Agir, a COE vem tentando negociar essas mudanças. Nas pesquisas feitas pelos sindicatos, percebe-se que o GERA causou acúmulo de funções, aumento das metas, sobrecarga de trabalho, assédio moral, entre outras pioras na comparação com o Agir, que já tinha diversos problemas.
GT Saúde
É muito importante ressaltar a importância de o movimento sindical ter conquistado o GT de Saúde no Itaú. Desde que o grupo foi criado estamos constantemente negociando temas relativos à saúde do trabalhador. Durante a pandemia, este trabalho ganhou ainda mais importância, na luta por uma condição de trabalho digna.
Fundação Itaú
Foi feito um breve relato sobre todos os planos e um resgate das últimas eleições, realizadas em maio. “Os ataques que os fundos de pensão em sofrendo já é um debate bastante disseminado. Eles querem que os fundos fiquem nas mãos dos bancos, sem representatividade dos trabalhadores. Não temos nenhum técnico, mas somos participantes e temos interesses para que tudo dê certo. Nós temos que estar agindo para ver onde há espaços para beneficiar os trabalhadores”, afirmou Erica Godoy, conselheira da Fundação.