Bancários fazem atos contra abusos do Santander durante a pandemia

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Os sindicatos dos bancários de todo o país realizaram atividades dia 16/6 para denunciar as arbitrariedades do Santander. No mesmo dia, também foi promovido um tuitaço com a hashtag #SantanderRespeiteOBrasil.

O objetivo desse Dia Nacional de Luta foi mostrar à sociedade que, mesmo durante a pandemia, os funcionários estão sujeitos ao cumprimento de metas abusivas, que aumentam a cada dia. E quem não as cumpre, está sendo demitido. Lembrando que o banco havia assumido um compromisso de não demissão durante a pandemia e que a cobrança de metas seria amenizada neste período.

Não há motivos para demissões

Não há justificativa para as demissões. O Santander apresentou lucro de R$ 3,8 bilhões, nos primeiros três meses do ano, alta de 10,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro obtido no Brasil representou 29% do lucro global. Além disso, o governo federal liberou aos bancos mais de R$ 1 trilhão, o que desmente a justificativa do Santander em demitir por conta de ajuste econômico gerado pela crise. Realizar demissões em meio a uma pandemia global, da qual o Brasil é o novo epicentro, é praticar uma gestão desumana. Se em condições normais já é difícil conseguir uma recolocação profissional, imaginamos como os trabalhadores vão ficar agora.


Denúncias no trendtopics no Twitter

Em Dia Nacional de Luta contra a postura desumana do Santander, sindicatos de todo o país convidaram funcionários, clientes e toda a população a se manifestar nas redes sociais sobre os fatos que envolvem o banco. Entre 12h e 13h houve um tuitaço com a hashtag #SantanderRespeiteOBrasil, que levou as denúncias aos assuntos mais comentados do Twitter.

A representação dos funcionários destaca que essa foi uma das ações realizadas para defender os interesses do funcionalismo e esperam que o banco chame as entidades para a mesa de negociação e comunique que não haverá mais cobranças de metas abusivas, nem demissões, durante a pandemia.

Os dirigentes sindicais lembram que o banco Santander já foi condenado pela cobrança de metas abusivas e está proibido pela Justiça de estabelecê-las. Entretanto, denunciam relatos de que o presidente do Santander no Brasil, Sergio Rial, realizou videoconferência com funcionários em cargos de gestão e disse que as metas devem ser cobradas mesmo em período de pandemia. E, mais, que o não cumprimento das metas deve ser punido com a demissão. Na ocasião, Rial teria dito que “aqueles que pensam diferente e não colaboram prestam um desserviço ao banco e contribuem para um baixo nível de produtividade”.

É importante destacar também que a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria bancária proíbe o ranking individual de funcionários. Mas, da forma como as campanhas de vendas acontecem no Santander, é possível aos gestores realizar tal ranking. Os funcionários são incentivados a postar hastags como #sou10, #sou50, e isso já estabelece uma espécie de ranking.

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