Cresce número de assalariados
Com a retomada lenta do emprego, que vem sobretudo por meio de vagas de baixa remuneração, e o número ainda expressivo de desempregados, o salário mínimo se tornou praticamente um teto para muitos trabalhadores. Entre o terceiro trimestre de 2014, início da recessão, e o mesmo período do ano passado, meio milhão de trabalhadores passaram a ganhar o mínimo. Quando se compara o ano passado com 2015, no auge da crise, essa diferença chega a 1,8 milhão de pessoas. No trimestre encerrado em setembro do ano passado, eram 27,3 milhões recebendo até um salário, um terço do total de trabalhadores do País. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, compilados pela consultoria Idados. Eles mostram que muito desse aumento ocorreu pela explosão da informalidade.
Golpe nos trabalhadores
Empresários sem escrúpulos estão aproveitando o fim da obrigatoriedade da homologação nos sindicatos para dar golpes nos trabalhadores. Alguns estão fazendo os trabalhadores assinarem a rescisão sem receber as verbas trabalhistas. Dias depois de demitido, o trabalhador é chamado para ‘assinar a rescisão’. Quando chega lá é informado que tem de assinar para sacar o FGTS e dar entrada no seguro-desemprego e que a empresa irá depositar as verbas rescisórias nos próximos dias, mas não depositam. Este golpe é possível porque a reforma trabalhista do ilegítimo Temer acabou com a exigência que estabelecia que a rescisão do contrato de trabalho com mais de um ano de carteira assinada só seria válido quando feito com a assistência do sindicato.O trabalhador tem de saber que pode contar com o seu sindicato para ajudá-lo.