Desoneração da folha não cria emprego
O governo prepara um pacote para estimular contratações, segundo reportagem do jornal Valor Econômico de 27/8. A intenção é desonerar a folha de pagamento das empresas que contratarem jovens que buscam o 1º emprego e trabalhadores que estejam desempregados há mais de dois anos. A proposta tem sido defendida publicamente pelo ministro da Economia, Paulo Guedes prevê a substituição da contribuição patronal para o INSS – de 20% – por um novo tributo: a Contribuição sobre Pagamentos (CP), similar à antiga CPMF. Para a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira,“isso já foi feito anteriormente e não gerou novas vagas. As empresas se apropriaram dos valores, aumentam seus lucros e não investem no aumento de produção”, afirmou. “É preciso haver uma reforma tributária com taxação progressiva”, disse.
População paga conta pelos lucros dos bancos
Não são só os bancários que pagam com seus direitos e com a sobrecarga de trabalho os lucros bilionários dos bancos que crescem ano após ano. Toda a população acaba arcando com gastos mensais para manter suas contas bancárias. Uma pesquisa do Idec mostrou que em dois anos os preços de 70 pacotes de serviços ofertados pelos bancos subiram em média 14%, enquanto a inflação do período foi de 7,5%. Quando analisadas as tarifas avulsas, entre os 20 principais serviços mais utilizados, com exceção do Itaú, que reajustou sete tarifas (35% do total) acima da inflação, todos os bancos tiveram mais da metade dos seus serviços reajustados acima do índice. Foram encontrados 50 serviços com reajustes entre 10% e 89%. O Banco Central, que regula o setor bancário, obriga os bancos a oferecerem uma conta de serviços essenciais gratuita, mas pouca gente sabe disso e acaba gastando mais do que o necessário.