A COE do Itaú apresentou à direção do banco algumas denúncias de descumprimento do acordo feito durante a pandemia do coronavírus (Covid-19). Na reunião por videoconferência, realizada dia 28/5, os representantes expuseram ainda algumas dúvidas dos trabalhadores durante este período.
O primeiro assunto foi o banco de horas negativas, que está com problemas de gestão. O banco precisa ter uma postura mais rígida e ativa, com um comunicado oficial para toda a rede ressaltando a cobrança do banco de horas negativa, que tem como objetivo preservar a saúde dos funcionários, em primeiro lugar. Os sindicatos perceberam que alguns gestores estão utilizando incorretamente.
A COE Itaú reivindicou a realização dos testes da Covid-19 para todos os funcionários. O banco disse que no momento não é possível, mas que vai levar o tema para a mesa de negociação unificada entre o Comando Nacional e a Fenaban. Quando questionado sobre o reembolso dos testes particulares, o Itaú disse que pagará nos casos com diagnóstico e pedido do médico.
Os representantes dos trabalhadores denunciaram que alguns gestores estão dificultando a entrega dos netbooks, o que impossibilita os funcionários afastados de trabalhar em home office, obrigando a manter em banco de horas.
Outra questão levada ao banco é como fica, durante a pandemia, o programa AGIR, ligado à remuneração variável dos funcionários do Itaú. Assim como o Trilhas de Carreira, mecanismo de avaliação trimestral dos caixas. O banco informou que os funcionários têm garantido mil pontos, que são referentes ao mês de maio. O Itaú ficou de dar um retorno, com levantamento dos últimos meses, na próxima reunião sobre todas as avaliações do banco. A COE Itaú também questionou sobre a alteração da forma de pagamento do vale-transporte, já que muitos trabalhadores estão usando condução própria.
Saúde – Os representantes dos trabalhadores questionaram sobre a forma de higienização das agências. Alertaram ainda para o fato de que o INSS não está fazendo a perícia, por isso, o banco deve cumprir a cláusula 29 do Acordo Coletivo, que trata sobre o complemento salarial. O banco falou que a higienização das agências está sendo feita no prazo entre 48 e 72 horas. A COE Itaú denunciou que, apesar de o processo legal para as pessoas que se sentem aptas é pedir ao médico um relatório indicando a sua volta ao trabalho, há casos que o gestor solicita ao trabalhador que faça carta de próprio punho, o que é ilegal.
A próxima reunião ficou agendada para 9 de junho. Além dos retornos pendentes dessa reunião, PCR, bolsas de estudos e renovação do acordo entrarão na pauta da próxima reunião.